O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta, (21/2), a quebra do sigilo bancário e fiscal do deputado André Janones (Avante-MG), de assessores e ex-assessores. O parlamentar é investigado por suposta prática de rachadinha em seu gabinete, que foi denunciada por alguns dos seus ex-assessores.
A quebra de sigilos foi pedida ao Supremo pela Polícia Federal e teve aval da Procuradoria-Geral da República.
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Em uma mensagem de áudio divulgada pelo site Metrópoles, Janones disse a assessores que parte deles teria que devolver uma quantia dos seus salários para abater um prejuízo do deputado na campanha eleitoral de 2016.
O deputado começou a ser investigado pela PF e pelo STF. Em dezembro, Fux atendeu ao pedido da PGR, e autorizou abertura de um inquérito para investigar a suposta rachadinha.
Segundo a PF, “as diligências concluídas até o momento sugerem a existência de um esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do deputado André Janones”. A PF também informou que inconsistências nos depoimentos dos ex-assessores “evidenciam a necessidade de um aprofundamento nas investigações”.
Por exemplo, a PF destaca o depoimento de Alisson Alves, um dos servidores que aparecem nas gravações indicando a “rachadinha”. À polícia, Alisson afirmou que nunca devolveu parte do salário e que, na época das gravações, mentiu para que o colega não pedisse dinheiro emprestado. Porém, a PF ressalta que, apesar de negar, ele afirmou que sacava todo mês R$ 4 mil em espécie com frequência.
Em sua decisão, Fux afirmou que o pedido da PF está “devidamente fundamentado, indicando as razões por que a medida se revela necessária nesta fase da investigação”.
Com informações de G1.