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“Dois anos e não foi feito nada”, diz deputado Rozenha sobre demora do DNIT na reconstrução de pontes na BR-319

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Na sessão plenária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado Rozenha (PMB) levantou questões sobre a demora na reconstrução das pontes do Rio Curuça e do Rio Autaz Mirim, que desabaram em 2022, na BR-319 (que liga Manaus a Porto Velho). Mesmo após a declaração de urgência, as obras ainda não foram concluídas. O parlamentar destacou a disparidade, sugerindo que se as obras fossem em regiões do Sudeste, provavelmente já estariam finalizadas.

“Se fosse na Fernão Dias (SP), eu aposto uma dúzia de tucumãs. Se em 60 dias as pontes não estavam em pé, mas é uma ponte que vai servir o homem. O brasileiro de terceira categoria de Autazes, na cabeça desses caras, é uma ponte que vai servir o pessoal do Careiro Castanho e da Várzea, que são seres brasileiros de terceira categoria”, diz Rozenha.

O parlamentar denuncia a lentidão na reconstrução das obras, que estão sob a responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Mesmo após mais de um ano desde a contratação da empresa J Nasser Engenharia, em regime de urgência e dispensa de licitação, com um custo de cerca de R$ 43 milhões, quase nenhum progresso foi feito.

“Dois anos e não foi feito nada. Um contrato de quase R$ 43 milhões dos quais ela já recebeu quase R$ 3 milhões e nada foi feito. O contrato emergencial foi feito com dispensa de licitação”, afirmou o deputado.

Rozenha expressou sua consternação com a diferença entre a velocidade das obras emergenciais em outras regiões do Brasil, concluídas em dias ou semanas a exemplo da Ponte Fernão Dias no estado de São Paulo, e a lentidão na reconstrução das pontes no interior, que se arrastam por anos. Ele ressalta que essas vias de acesso são vitais para suprir as necessidades durante o período de seca.

O parlamentar atribui a demora na reconstrução ao descaso do governo federal com os interesses do Amazonas, devido à menor relevância econômica do estado em escala nacional. Isso tem prejudicado o escoamento da produção agrícola e pecuária da região, incluindo hortifrutigranjeiros, laticínios e gado de corte.

“O ministro dos transportes olha para o Amazonas como uma Terra distante. Nós não somos uma Terra distante. Nós precisamos, merecemos e vamos exigir o respeito que precisamos”, concluiu o deputado Rozenha.

Pontes que desabaram

No dia 28 de setembro de 2022, a ponte, que ficava sob o rio Curuçá, no km 25 da BR-319, no Careiro, a 102 km de Manaus, desabou. O acidente matou cinco pessoas e deixou mais de 10 feridos.

Dez dias depois, no dia 9 de outubro de 2022, outra ponte caiu no km 25, sobre o Rio Autaz Mirim, na mesma rodovia. O desabamento aconteceu horas após ser interditada na rodovia federal.

A Rede Onda Digital solicitou posicionamento do DNIT, via e-mail, e aguarda resposta.

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