O ex-primeiro-ministro da Holanda Dries van Agte e sua esposa Eugenie van Agt-Krekelberg optaram por uma eutanásia dupla e morreram de mãos dadas na última segunda-feira (5/2). Ambos tinham 93 anos.
Gerard Jonkman, diretor do The Rights Forum (entidade de direitos humanos criada por Dries), disse à emissora NOS que ambos estavam muito doentes, mas “não podiam viver um sem o outro”. O ex-premiê não tinha se recuperado plenamente de uma hemorragia cerebral, sofrida em 2019.
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“Ele continuou a lidar com a questão da Palestina, mas estava frustrado porque a sua criatividade, concentração e capacidade de proferir discursos apaixonados tinham sido afetadas. Gradualmente, ele se retirou da vista do público, plenamente consciente de que havia entrado na fase final de sua vida”, informou a organização The Rights Forum.
“Van Agt era uma personalidade envolvente e marcante, que usava um idioma caracteristicamente florido e um tanto arcaico. Ele estava interessado em tudo e em todos. Normalmente, ele se lembrava dos nomes das pessoas que trabalharam para ele há muito tempo. Para nós, Van Agt foi um amigo e uma inspiração”, acrescentou a entidade.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a eutanásia de casais foi observada pela primeira vez na Holanda em revisão de casos em 2020, quando 26 pessoas receberam a eutanásia ao mesmo tempo que os parceiros. Os números cresceram para 32 no ano seguinte e 58 em 2022.