A federação Psol-Rede enviou uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a prisão preventiva do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Em discurso no plenário do Senado Federal, Mourão disse que integrantes das Forças Armadas precisam reagir a “arbítrios” e “processos ilegais” que o STF estaria cometendo contra militares. O congressista afirmou que os militares devem estar “articulados” e convocou uma mobilização “dentro da lei”.
“É grave. Tomamos iniciativa em três frentes, embasados pela Constituição. É parte da luta para não naturalizar um crime: um senador incentivando um golpe”, diz a deputada federal gaúcha Fernanda Melchionna (PSol).
Junto com Sâmia Bomfim (PSol-SP) e Glauber Braga (PSol-RJ), a parlamentar entrou com uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR).
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O documento foi assinado por 14 congressistas da federação, que justificaram a prisão devido à “fala de teor golpista” do ex-vice-presidente da República.
Outro movimento, coordenado pela executiva nacional do PSol, pretende protocolar junto ao Conselho de Ética do Senado o pedido de cassação do mandato de Mourão. “Vamos lutar para que seja investigado, cassado e responsabilizado civil e criminalmente”, diz a deputada Melchionna.
ATENÇÃO! Além da nossa representação na PGR, o PSOL vai acionar o Conselho de Ética do Senado pedindo a cassação do mandato do General Mourão por incitar as Forças Armadas a reagir às ações de hoje da Polícia Federal.
Fomentar golpismo também é crime.
Sem anistia!!!— Fernanda Melchionna (@fernandapsol) February 8, 2024
As declarações de Mourão foram feitas depois da operação da Polícia Federal que prendeu o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e que tinha como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), integrantes e aliados do seu governo.