Uma perícia preliminar da Polícia Federal (PF) identificou que a pepita de ouro encontrada com o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, é proveniente do garimpo. Preso em flagrante nesta quinta-feira (08/02), por porte ilegal de arma de fogo, o político é um dos investigados na Operação Tempus Veritatis, que apura o envolvimento da organização criminosa que atuou para tentar um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.
A pequena quantidade de ouro foi encontrada no momento em que os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão, em um quarto do hotel Meliá em Brasília, onde reside Costa Neto.
“As características da pepita de ouro mineral, tais como o alto teor de ouro, textura, granulometria e a sua composição química e mineral, indicam que se trata de produto aurífero primário, proveniente de retirada direta da jazida, sem processamento, típico de atividade de garimpagem”, diz um trecho do documento, obtido pela TV Globo.
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Em postagem no X (antigo twitter), o advogado Fábio Wanjgarten afirma que “a pepita de ouro, pesa 39,18 gramas, com 95,26% de grau de pureza, segundo a perícia. O valor da grama do ouro de hoje é 325,04 reais, logo a tal pepita vale R$ 12.676,56”.
O Presidente Valdemar presta esclarecimentos referentes à uma pepita de ouro, pesando 39,18 gramas, com 95,26% de grau de pureza, segundo a perícia.
O valor da grama do ouro de hoje é 325,04 reais, logo a tal pepita vale
R$ 12.676,56. pic.twitter.com/VhTcIRptIh— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) February 8, 2024
A definição do local de onde vem o ouro apreendido depende de novas observações e “perpassará, após as análises, pelo confronto entre o perfil químico do material apreendido e dos demais perfis registrados” em um cadastro instituído pelo governo.
Os advogados do político questionam a prisão. Afirmam que a arma é registrada e a pedra apreendida tem baixo valor e não configuram delito.
Veja a nota na íntegra:
“A defesa do presidente Nacional do PL Valdemar Costa Neto afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.
Afirma também que a arma é registrada, tem uso permitido, que pertence a um parente próximo e que foi esquecida há vários anos no apartamento dele.
Em outras palavras:
Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que segundo a própria auditoria da Polícia Federal vale cerca de 10 mil reais?”