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Em julgamento, Daniel Alves chora e diz que negou ato sexual para preservar casamento

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Último a depor em julgamento, Daniel Alves chorou ao falar que soube pela imprensa da denúncia de estupro contra ele. O ex-jogador se pronunciou à corte nesta quarta (07/02) o terceiro dia de seu julgamento por estupro em Barcelona, na Espanha.

Daniel Alves falou por cerca de 20 minutos, respondendo apenas a perguntas de sua advogada, Inés Guardiola, algo que oficializou à corte assim que começou seu depoimento.

Ele disse ter bebido cinco garrafas de vinho e uma garrafa de uísque japonês junto de três amigos. Sozinho, afirmou ter bebido quase três garrafas. Afirmou também que dançou com a mulher que o acusa de estupro, de modo sensual, e que ela “tocou em suas partes íntimas”.

Ainda segundo o ex-jogador:

“Fomos para o banheiro, ela começou a fazer sexo oral em mim. Depois, sentou em minhas pernas e eu tirei [o pênis] para ejacular”.

Daniel Alves também disse que “em momento algum” a mulher lhe pediu para parar.


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A advogada de defesa perguntou se o que Daniel declarava naquele momento é o mesmo que declarou na audiência de instrução. Ele respondeu:

“Sim. Com diferença de que não falei do sexo oral porque poderia pegar mal com a minha mulher”.

Depois, ao afirmar que soube da denúncia de estupro pela imprensa, começou a chorar e pediu água. Também chorou quando disse que perdeu todos os contratos que tinha.

Esta foi a primeira vez que Alves falou publicamente sobre o caso desde que foi preso, em 20 de janeiro de 2023, enquanto prestava depoimento em uma delegacia de Barcelona. Na ocasião, a polícia viu contradição na versão dada pelo brasileiro.

Ao fim do depoimento, o Ministério Público pediu a palavra para apontar contradições. O júri pediu um recesso de dez minutos para analisar o depoimento.

Mais cedo, no julgamento, médicos que prestaram depoimento confirmaram ter encontrado DNA de Alves em material coletado dentro do corpo da espanhola que diz ter sido estuprada por ele. As análises foram coletadas em fevereiro do ano passado, quando o processo seguia em segredo de Justiça.

A estratégia da defesa de Daniel Alves é de que ele estava bêbado na noite em questão, e não estava em controle das ações.

A acusação pediu a pena máxima para o ex-jogador: 12 anos de prisão. Já o Ministério Público pede uma pena de 9 anos de prisão. A defesa de Daniel Alves busca a absolvição, e Guardiola sugere como alternativa um ano de prisão (que ele já cumpriu) + 50 mil euros de multa.

É possível que o julgamento se estenda até a quinta (08/02).

Veja o depoimento completo de Daniel Alves:

Me encontrei com meus amigos (três) para ir comer na Taverna del Clínic. Chegamos por volta das 14h30. A princípio, iriamos apenas comer, mas fazia muito tempo que não nos víamos e o encontro se estendeu até uma da manhã. Pedimos cinco garrafas de vinho e uma garrafa de uísque japonês.

Bebi duas garrafas de vinho e um copo de uísque. Quando saímos do restaurante fomos para Nuba, passamos um tempo tomando uma rodada de gin tônica. Quando saímos de lá, pegamos o carro no estacionamento, Bruno (amigo do jogador, Bruno Brasil, que prestou depoimento na terça-feira) estava dirigindo porque eu tinha bebido muito e não conseguia dirigir.

Depois fomos para Sutton com Bruno. Chegamos por volta das 2h30 da manhã. Eles me acompanharam até a mesa sete. Pedi para mudar para a seis, sem qualquer impedimento.

Apenas ao lado desta mesa a um banheiro próximo. Sou um cliente frequente do Sutton e sempre tenho essa mesa disponível para não ter que atravessar o clube para ir.

A porta estava aberta. Chegamos ao estande, começamos a beber e dançar um pouco. As primeiras duas garotas vieram e ficaram dançando por um tempo. Depois, convidaram três meninas, a reclamante e suas amigas.

Elas não ficaram nada incomodadas. Eles chegaram, começaram a nos cumprimentar. Começou uma conversa, nos mudamos, conversamos. Sou uma pessoa muito próxima, mas com respeito. Acho que elas sabiam quem eu era.

Ela colocou a mão para trás e começou a tocar nas minhas partes. Estávamos dançando, interagindo. Já estávamos mais próximos, ela começou a dançar mais perto de mim, esfregando suas partes nas minhas. Uma típica dança disco. Uma dança um pouco mais próxima. Ela colocou a mão para trás e começou a tocar minhas partes.

Não precisei insistir para que ele fosse ao banheiro. Ela disse ‘sim’ para ir ao banheiro, não precisei insistir. Eu falei para ela que ia primeiro ao banheiro e esperei um pouco, pensando que ela não ia vir, que ela não queria. E quando abri a porta praticamente esbarrei nela na porta. Quando abri a porta praticamente esbarrei nela.

Ela se ajoelhou na minha frente e começou a me fazer sexo oral. Baixei as calças e sentei no vaso sanitário. Alves imitou a posição perante o tribunal.

A felação (sexo oral) foi praticamente toda a relação. Eu estava com as costas pressionadas. Depois ela sentou na frente das minhas pernas, quando fui ejacular, o fiz fora de sua parte íntima.

Em nenhum momento ela me disse que não queria nada. Eu não dei um tapa nela, nem a joguei no chão. Não sou um homem violento. Ela não me disse que não queria fazer sexo.”

*Com informações de UOL e G1.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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