Em sua quinta missão no espaço, o russo Oleg Kononenko, de 59 anos, estabeleceu no domingo (4/2) o recorde de permanência em órbita, após superar seu antecessor Guennady Padalka, que marcou 878 dias, 11 horas, 29 minutos e 48 segundos.
Kononenko, que está na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) desde setembro, quebrou o recorde às 5 horas, 30 minutos e 8 segundos (no horário de Brasília). Seu retorno à Terra é previsto para 23 de setembro, quando ele terá ficado no total 1.110 dias no espaço. A marca de mil dias será atingida em 5 de junho.
À agência de notícias russa TASS, Kononenko disse que, no futuro, o homem deveria construir uma estação que seja “uma verdadeira casa espacial”, maior e mais confortável, e menos dependente da Terra. Para isso, recomendou o aperfeiçoamento dos sistemas de regeneração de água, fornecimento de oxigênio e reciclagem de detritos espaciais.
Leia mais:
VÍDEOS: Ucrânia e Rússia fazem a maior troca de soldados desde o início da guerra
Inicia em Barcelona o julgamento de Daniel Alves, acusado de agressão sexual em boate
O russo voou pela primeira vez para a estação em abril de 2008, como parte da 16ª expedição e, desde então, completou seis caminhadas espaciais, somando 39 horas e 54 minutos.
Em 2017, aos 58 anos de idade, Padalka, detentor do recorde agora superado, aposentou-se depois de perceber que não tinha chance de participar de uma sexta missão à ISS e chegar a mil dias no espaço.
“É uma pena. Sempre fico triste quando um homem preparado, experiente e motivado, com uma longa carreira, deixa as fileiras” dos cosmonautas, analisou à época Sergei Krikalev, diretor do programa de pilotos da Roscosmos.
Padalka superou o recorde que era ostentado por Sergei Krikalev, de 803 dias no espaço, em 29 de junho de 2015, aumentando a marca para 878 dias durante a sua quinta missão.
*com informações Metrópoles