O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou a indicação do ex-comandante de grupo de elite da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Ricardo Mello Araújo, para ser vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela prefeitura de São Paulo. A confirmação foi dada nesta quinta-feira (1º/02) em entrevista à Revista Oeste.
Na ocasião, Bolsonaro também reforçou o apoio a Nunes, embora tenha indicado que, pessoalmente, preferia o deputado federal Ricardo Salles (PL) como candidato à Prefeitura.
Segundo Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, aprovou a indicação do nome levado pelo próprio Bolsonaro e agora o trâmite depende da “aceitação” do prefeito Ricardo Nunes, que tem ainda três outros nomes sugeridos. A sugestão de Mello Araújo para composição da chapa será analisada pelos partidos que já firmaram aliança pela reeleição de Nunes, de acordo com o prefeito.
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Bolsonaro, não escondeu, porém, que preferia apoiar outro cabeça de chapa, mas que foi convencido por Valdemar a entrar na campanha do prefeito, que teria mais chances de derrotar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
“Minha preferência [para prefeitura] sempre foi o Ricardo Salles, não nego isso aí, gosto muito dele e tenho uma boa amizade com ele”, afirmou Bolsonaro, reforçando depois: “Lamento, repito, do coração, eu queria o Ricardo Salles, mas é página virada isso aí”.
Salles desistiu oficialmente da candidatura nesta quarta-feira (31/01), depois que Valdemar entregou uma lista com quatro nomes ao atual prefeito. Nunes ainda não cravou o nome de quem será seu vice de chapa.
“Escolhi o coronel Mello Araújo, que fez um excelente trabalho à frente da Ceagesp no meu governo, atuou quase como um mini-prefeito”, disse Bolsonaro, que afirmou ainda que haverá outras ocasiões mais “oportunas” para que o ex-ministro do Meio Ambiente sirva ao Estado e à cidade de São Paulo.
O coronel foi diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa pública federal, na gestão do ex-presidente desde outubro de 2020. Em janeiro de 2023, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi exonerado do cargo. Antes, comandou a Rota entre 2017 e 2019.