O ex-primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan e sua esposa, Bushra Khan, foram condenados pelo tribunal anticorrupção o National Accountability Bureau (NAB), por 14 anos de prisão cada, sob a acusação de vender ilegalmente presentes do Estado, nesta quarta-feira (31/1).
O partido de Khan, o Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), comunicou a sentença, a terceira condenação do ex-premiê nos últimos meses, que incluem também uma desqualificação de 10 anos para ocupar cargos públicos. Bushra Khan, comumente conhecida como Bushra Bibi, entregou-se para prisão logo após o veredicto, acrescentou o PTI.
A equipe de comunicação social de Khan, refuta a acusação de que quaisquer atos ilegais tenham sido cometidos e alerta que a pena de prisão de 14 anos é mais severa do que a sentença de 10 anos dada a Khan na terça-feira (30/1), sob a acusação de revelar segredos de Estado, e apenas uma semana antes das eleições nacionais.
“Mais um dia triste na história do nosso sistema judicial, que está sendo desmantelado”, disse a equipe.
“Não são permitidos questionamentos cruzados, nenhum argumento final é concluído e a decisão surge como um processo pré-determinado em jogo”, afirmou, acrescentando que “esta decisão ridícula também será contestada”.
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Khan e sua esposa são acusados de vender ilegalmente presentes no valor de mais de 140 milhões de rúpias (R$ 2.480 milhões) em posse do Estado e recebidos durante seu mandato de 2018 a 2022.
Uma lista desses presentes compartilhada por um ex-ministro da Informação incluía perfumes, joias com diamantes, jogos de jantar e sete relógios, seis deles Rolexes, o mais caro uma “edição limitada Master Graff”, avaliada em 85 milhões de rúpias (mais de R$ 1,504.891).
A emissora local Geo News informou que o veredicto também veio acompanhado de uma grande multa.
As duas sentenças ocorrem apenas uma semana antes de o país do sul da Ásia realizar uma eleição na qual o ex-primeiro-ministro está impedido de concorrer.
*com informações CNN