Moradores de Cusco, a cerca de 100 km do povoado de Machu Picchu, protestam há quatro dias contra a terceirização da venda de ingressos para entrar na cidade histórica, argumentando que se trata, na realidade, de uma privatização encoberta.
A paralisação chegou a prejudicar centenas de turistas de vários lugares do mundo, que visitam Machu Picchu, que ficaram impossibilitados de chegar ao local.
Um comunicado da “população de Machu Picchu e suas comunidades” informa à opinião pública que, segundo a última reunião realizada na cidade de Cusco entre as autoridades, não se chegou a nenhum acordo favorável segundo os responsáveis da manifestação”.
Com o impasse anunciado que a “a greve por tempo indeterminado está radicalizada na cidade de Machupicchu e suas comunidades”.
O grupo de manifestantes responsabilizou “as agências de turismo que enviam turistas ao distrito de Machu Picchu pela rota de acesso amazônico enquanto vigora a greve por tempo indeterminado”.
Os proprietários do negócio turístico reclamaram que centenas de turistas ficaram retidos em meio aos protestos na cidade inca, devido ao bloqueio dos trilhos da ferrovia.
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Governo peruano
A Ministra da Cultura, Leslie Urteaga, se pronunciou sobre as manifestações que duram há dias e afirmou que haveria um “mercado negro” de ingressos para a cidade de Machu Picchu, que visa continuar aproveitando o patrimônio mundial localizado em Cusco.
“É escandaloso, preocupante e lamento muito, porque é o produto de alguns que querem continuar a aproveitar o nosso Património Cultural, através do mercado negro de bilhetes para Machu Picchu ”, disse.
Segundo a ministra, um relatório da Controladoria-Geral da República apontou um desfalque de 7 e meio milhões de soles (R$ 9,6 milhões) anuais, com a ausência do registro de uma média de 70.000 a 80.000 pessoas no sistema anterior de venda.
Retornar à plataforma anterior seria ainda mais dramático para o setor”, contestou.
*com informações Agência Andina e Telesurtv