Durante uma reunião de um dia em Roma, que contou com a presença de mais de duas dezenas de líderes africanos e funcionários da União Europeia, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, traçou uma série de iniciativas para fortalecer os laços com a África.
A líder italiana prometeu um investimento inicial de 5,5 bilhões de euros, incluindo garantias do Estado. Meloni declarou que a cúpula foi um sucesso, revelando várias áreas de cooperação potencial, especialmente em relação à energia. No entanto, alguns participantes expressaram discordância, incluindo, Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, que enfatizou a necessidade de honrar os compromissos e lamentou a falta de consulta aos africanos sobre as prioridades do plano.
Críticos ao plano afirmam que a Itália, com um alto nível de dívida, não pode concorrer com potências como China, Rússia e os estados do Golfo, que estão buscando ampliar sua presença na África, região rica em recursos naturais.
Apesar disso, Meloni afirmou que seu governo buscará ajuda do setor privado e de instituições internacionais, como a União Europeia, para implementar o plano, batizado de Plano Mattei, em homenagem ao fundador da petrolífera estatal italiana Eni.
Por outro lado, Meloni também reconheceu a necessidade de fortalecer a indústria e a agricultura na África para aumentar as economias locais, como uma forma de desencorajar a emigração de jovens africanos.
“[A imigração] nunca será detida, os traficantes de seres humanos nunca serão derrotados se não abordarmos as muitas causas que levam uma pessoa a deixar sua casa“, declarou Meloni na cúpula.