Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (24/01), a defesa de João Lucas da Silva Alves, o ‘Lucas Picolé’, como é conhecido, negou que o influenciador digital tenha descumprido medidas cautelares que asseguram a ele o regime semiaberto. A declaração foi dada na sede da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
Saiba mais:
VÍDEOS: Influenciador Lucas Picolé é preso novamente
VÍDEOS: Lucas Picolé deixa a prisão e é recebido como celebridade por fãs, em Manaus
Após ter prisão revogada, Lucas Picolé continuará preso; saiba por quê
Influencer Lucas Picolé troca de advogado após boatos sobre sua saúde
Uma das medidas impostas pela justiça seria que o influenciador estava proibido de se manifestar nas redes sociais promovendo qualquer tipo de sorteio ou ato relacionado à ‘Operação Dracma’. Lucas foi preso durante essa operação em junho de 2023 e recebeu licença para o semi-aberto em dezembro do mesmo ano.
A defesa do influenciador, representada pelo advogado Vilson Benayon, rebateu a decisão de prender o influenciador e negou que ele tenha descumprido o acordo judicial.
“O que está proibido é sortear por meio de jogos de azar. O sorteio da moto era gratuito, para aumentar seguidores de uma marca patrocinadora que não tem nada a ver com rifa. Ninguém estava auferindo lucro de forma indevida, sem autorização do Ministério da Fazenda”, disse Benayon.
Veja vídeo:
Conforme a PC, Lucas utilizava uma conta no Instagram com mais de 80 mil seguidores para promover sorteios e supostas rifas. No perfil, foi publicado um vídeo de um carro na cor verde que teria sido sorteado e apreendido na operação, além de mostrar o ganhador daquela época.
Prisão
A prisão do ‘menino rei’, como ele se intitula nas redes sociais, aconteceu em um balneário, no município de Iranduba.
A polícia informou que, no momento da prisão, o alvo das investigações teria tentado fugir, sendo necessário que os policiais adentrarem o rio para capturar o influenciar.
Defesa recorre da decisão
Nesta quinta-feira (25/01), a defesa de ‘Lucas Picolé’, irá representar pela liberdade provisória do influenciador durante as investigações. A audiência judicial da “Operação Dracma” vai ser realizada no dia 1° de março.
Operação Dracma
A operação da Polícia Civil foi deflagrada em duas fases. A primeira em 29 junho 2024 culminou na prisão de Lucas Picolé, Enzo Felipe da Silva Oliveira, o “Mano Queixo” e Flávia Ketlen. Na segunda fase, resultou nas prisões preventivas de Isabelly Aurora Simplício Souza, 21; Paulo Victor Monteiro Bastos, 25, pela participação em esquema fraudulento de rifas clandestinas e outros crimes, em Manaus.
Na primeira fase foram encontrados na casa de Lucas armas e entorpecentes.
Já na segunda fase da operação, foram encontrados em posse de Paulo Victor, uma arma de fogo calibre 9mm, 10 munições, além de um cartão de benefício previdenciário de um idoso. Também foram apreendidos três aparelhos celulares.
A “Operação Dracma” foi deflagrada após inquérito policial que investigou a venda de rifas ilegais em agosto do ano passado. Além de Lucas Picolé, Enzo Felipe da Silva Oliveira, o “Mano Queixo”, também foi preso durante a operação.
A investigação também concluiu que ambos negociavam armas de fogo e munições, além de estarem envolvidos com venda de drogas sintéticas.