O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta segunda-feira (22/1) o Orçamento de 2024, que traz estimativa de arrecadação para o próximo ano e fixa limites para gastos públicos.
Lula vetou o dispositivo que previa o repasse de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão, que são direcionadas à Câmara e ao Senado.
Essa modalidade não é impositiva, ou seja, não é obrigatória e, por isso não existe uma reserva específica desses recursos no Orçamento.
Apesar do trecho ter sido vetado, caberá ao Congresso Nacional analisar o ato presidencial e decidir se o mantém ou o derruba.
“Vamos debater com Congresso para encontrar as melhores soluções necessárias”, disse a jornalistas, no Palácio do Planalto.
O valor inicialmente aprovado pelo Congresso era de R$ 16,6 bilhões. Com o veto, o valor caiu para R$ 11 bilhões. Em 2023, o valor destinado a esse tipo de emenda foi de R$ 6,9 bilhões.
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Apesar do veto, a ministra do Planejamento e do Orçamento, Simone Tebet, se comprometeu a oferecer uma alternativa para tentar compensar o corte.
“Vamos tentar construir [um acordo] até a próxima sessão do Congresso. Logicamente, se não acharmos uma solução, o objetivo dos parlamentares é derrubar o veto”, defendeu o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), que foi o relator da proposta na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Investimentos no PAC
O corte nas emendas parlamentares abre espaço para o governo focar em obras financiadas pelo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) para impulsionar a economia do país.
Quando o orçamento foi aprovado pelo Congresso, o PAC sofreu corte em relação aos R$ 61 bilhões que constavam na proposta do governo. O Parlamento aprovou a destinação de R$ 54 bilhões para 2024.
Fundo eleitoral
O presidente manteve no texto o dispositivo que prevê o repasse de R$ 4,9 bilhões ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha – conhecido popularmente como fundo eleitoral.
O fundo distribui recursos públicos aos partidos políticos em ano eleitoral, visando financiar campanhas aos cargos em disputa.