O motorista de caminhão Reginaldo Batista Cardoso, pai da família que foi brutalmente assassinada em novembro do ano passado em Sorriso, interior do Mato Grosso, falou pela primeira vez sobre a tragédia, em reportagem exibida na sexta-feira (19/01), pelo programa SBT Comunidade. Reginaldo estava viajando a trabalho quando um maníaco invadiu a casa dele e estuprou e matou a facadas a sua esposa e suas três filhas.
Na entrevista, Reginaldo disse:
“Eu morri junto com elas. Esse cara, esse desgraçado, acabou com a minha vida também. Ele me matou junto com elas. Vou viver para o que hoje? Qual motivo eu tenho para seguir se eu não tenho elas mais”.
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Família busca por justiça
A irmã de Cleci e tia das meninas, Elena Calvi, que foi a primeira familiar a chegar na cena do crime, também expressou revolta sobre o caso. Ela disse à imprensa:
“Desesperador imaginar que alguém fez tanta crueldade com elas, levou a vida de um jeito que elas não mereciam. E elas eram tão amadas e protegidas de todas as formas. Ninguém tinha o direito de tirar elas de nós”.
A advogada da família, Dayany Arruda, disse:
“Não há como essa família ser reparada. É um dano emocional muito grande o que aconteceu. Porém, o estado tem sim a responsabilidade sobre o que aconteceu. Esse homem tinha dois mandados de prisão em aberto e ele estava circulando, estava convivendo em sociedade e isso não poderia acontecer. O estado, sim, tem que ser responsabilizado”.
Finalmente, Reginaldo disse:
“Eu creio muito em Deus. Espero que a Justiça seja rápida e seja certa. Que esse cara nunca mais saia da cadeia, que ele pague pro resto da vida dele. É o que eu quero”.
Relembre o caso
Os corpos de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, foram encontrados em 27 de novembro, uma segunda-feira. De acordo com a polícia, elas foram mortas com requintes de crueldade, a facadas e depois degoladas. Três das vítimas foram encontradas nuas e apresentavam sinais de violência sexual.
A Polícia Militar foi acionada pelos vizinhos, ao notarem a ausência da família no fim de semana. Os agentes descobriram a chacina e um rastro de sangue que levou a uma obra próxima.
Gilberto Rodrigues dos Santos, de 32 anos, foi preso pelo crime: Ele tem passagens na polícia por violência doméstica e estupro. Ele foi encontrado nas imediações guardando pertences das vítimas, como roupas e calcinhas ensanguentadas.
Ele trabalhava como funcionário da obra no bairro e premeditou os crimes, aproveitando-se da viagem do motorista de caminhão.
*Com informações de Terra.