Com a mediação de França e Qatar, a Faixa de Gaza vai poder receber ajuda médica e humanitária, após um acordo entre Hamas e Israel na terça-feira (16/1) onde o Hamas vai permitir a entrega da medicação em troca de ajuda médica e humanitária para os civis mais vulneráveis no território, segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Majed al-Ansari.
“Medicamentos, juntamente com outra ajuda humanitária, será entregue a civis na Faixa de Gaza, nas áreas mais afetadas e vulneráveis, em troca da entrega de medicação necessária para os reféns israelitas em Gaza”, disse.
Nações Unidas
Na mesma terça-feira (16/1) do acordo, as agências das Nações Unidas, têm pedido o envio de mais auxílio de forma urgente: o Programa Alimentar Mundial, a Unicef e a Organização Mundial de Saúde fizeram um comunicado conjunto em que defendem que têm de ser abertas novas rotas para que a ajuda entre em Gaza e que mais caminhões têm de ter autorização para entrar diariamente no território, pedindo igualmente que os trabalhadores humanitários e aqueles que procuram ajuda tenham liberdade de movimentos em segurança.
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Agentes da ONU lamentam a abertura de poucos postos fronteiriços a partir de Israel, devido o atraso da entrada de caminhões com ajuda, e os combates constantes no território.
A ONU defende que há áreas na Faixa de Gaza onde os residentes passam fome e acrescenta que os pais deixam de comer para conseguirem alimentar os filhos: uma maçã custa nesta altura 8 dólares (R$ 39,48) e combustível para cozinhar é praticamente impossível de encontrar.
“Há pessoas com fome em determinadas áreas e não somos capazes de lhes fornecer alimentação básica. As necessidades estão a crescer mais rápido do que a resposta que conseguimos dar e precisamos de trazer mais abastecimento e acesso seguro para chegar às pessoas em qualquer ponto em Gaza, não apenas às que estão próximas das fronteiras”, declarou Samer Abdeljaber, o diretor do Programa Alimentar Mundial para a Palestina, citado pela AP.
Em janeiro, A ONU aponta que apenas um quarto dos carregamentos de ajuda chegou ao seu destino no norte da Faixa de Gaza: os restantes não puderam prosseguir porque foram impedidos pelas autoridades israelitas.
*com informações Euronews