O Fórum Econômico Mundial, iniciado nesta semana em Davos, na Suíça, está colocando as mudanças climáticas como um dos principais tópicos em destaque. Nesta terça-feira (16/01), um painel abordou os desafios sociais e ambientais ligados ao desenvolvimento sustentável na Amazônia, a maior floresta equatorial do mundo.
Estiveram presentes no evento, a ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, o governador do Pará, Helder Barbalho, a Coordenadora Geral da Coordenadoria de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), Fany Kuiru, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan Goldfajn.
A mediação ficou a cargo do apresentador Luciano Huck, que questionou a ministra do Meio Ambiente sobre a possiblidade de exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas.
“A decisão de explorar ou não petróleo no Brasil não é tomada pelo Ministério do Meio Ambiente, é uma decisão de governo, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) [ligado ao Ministério de Minas e Energia]”, disse Marina, em resposta.
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A Petrobras estima que a área de exploração na região pode render 14 bilhões de barris de petróleo. Mas em 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), autarquia ligada ao MMA, negou a licença para a estatal iniciar a perfuração de teste na bacia, que fica a cerca de 175 km da costa do Amapá.
Apesar disso, um novo pedido foi apresentado pela Petrobras. Na época, o Ibama disse que responderia novamente ainda no início de 2024.
“O mundo vive uma contradição: enfrentar o problema da mudança climática com uma matriz energética que é preponderantemente fóssil […]. Então o debate é estratégico no mundo e dentro de cada país. No caso da Foz do Amazonas nós negamos a licença já por duas vezes, em 2018, e agora na minha gestão. Por razões ambientais”, acrescentou a ministra.