A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou nesta segunda-feira (15/01) 1,5 bilhão de dólares em financiamento para atender às necessidades de saúde de milhões de pessoas afetadas por dezenas de crises humanitárias em todo o mundo.
“Nosso objetivo é atingir cerca de 87 milhões de pessoas com assistência humanitária que pode salvar vidas este ano. Para isso, precisamos de apoio no valor total de 1,5 bilhão de dólares, e precisamos que esse financiamento chegue o mais cedo possível e com a maior flexibilidade possível… Uma abordagem reativa não é suficiente”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Tedros disse que cerca de 166 milhões de pessoas precisariam de assistência médica em todo o mundo este ano, inclusive nos territórios palestinos ocupados, na Ucrânia, no Haiti e no Sudão.
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Já a agência de refugiados da ONU está buscando 1,1 bilhão de dólares para ajudar 2,3 milhões de refugiados ucranianos e suas comunidades anfitriãs.
O OCHA recebeu 67% dos 3,9 bilhões de dólares que solicitou no ano passado. Ele reduziu seu pedido para 2024 para priorizar as pessoas mais necessitadas, já que outras crises humanitárias em todo o mundo, inclusive em Gaza e no Sudão, exigem financiamento urgente.
O OCHA disse que mais de 14,6 milhões de pessoas, ou 40% da população da Ucrânia, precisarão de assistência humanitária este ano devido à invasão e aos ataques da Rússia.
Mais de 3,3 milhões das pessoas necessitadas vivem em comunidades da linha de frente no leste e no sul do país, inclusive em territórios ocupados pela Rússia, aos quais os comboios humanitários do OCHA não conseguem ter acesso desde o início do conflito.
“Continuamos em negociação com o governo russo sobre como obter acesso a essas pessoas que talvez estejam em necessidade mais urgente, já que faz dois anos que nenhuma ajuda humanitária real, eficaz, regular e confiável chega a elas”, disse Griffiths.
A invasão da Rússia, iniciada em fevereiro de 2022, forçou cerca de 6,3 milhões de pessoas a fugir para o exterior. Quatro milhões de pessoas, incluindo quase um milhão de crianças, permanecem deslocadas dentro do país, de acordo com o OCHA.