Milhares de iemenitas reuniram-se em várias cidades do país nesta sexta-feira (12/01) para protestar contra os ataques dos Estados Unidos e do Reino Unido em resposta às investidas de militantes Houthis contra navios do Mar Vermelho.
Os Estados Unidos e o Reino Unido fizeram dezenas de ataques aéreos coordenados contra alvos militares Houthis na madrugada de quinta-feira (11/01), ampliando o conflito decorrente da guerra de Israel em Gaza.
Diversos líderes políticos no Iêmen discursaram condenando os ataques, e avaliaram a resposta militar como terrorismo.
“Seus ataques ao Iêmen são terrorismo. Os Estados Unidos são o Diabo”, disse Mohammed Ali al-Houthi, membro do Conselho Político Supremo Houthi.
Leia mais
Ex-presidente do Peru pode pegar 34 anos de prisão
Texas ergue nova barreira na fronteira com o México
Os rebeldes Houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, entraram no conflito entre Israel e o Hamas, atacando navios comerciais em rotas marítimas vitais e disparando drones e mísseis contra o território israelense, desde o fim do ano passado.
Quem são os Houthis?
A organização surgiu em 1990 para combater o governo do então presidente Ali Abdullah Saleh. Liderados por Houssein al Houthi, os primeiros integrantes do grupo eram do norte do Iêmen e faziam parte de uma minoria muçulmana xiita do país, os zaiditas.
Os houthis ganharam força ao longo dos anos, principalmente após a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. Clamando frases como “Morte aos Estados Unidos“, “Morte a Israel“, “Maldição sobre os judeus” e “Vitória ao Islã“, o grupo não demorou para se declarar parte do “eixo da resistência” liderado pelo Irã contra Israel e o Ocidente.