Como sempre afirmo quando estou na TV: de tédio não morreremos. E a nossa política é isso mesmo, absolutamente imprevisível. Mas vamos direto ao assunto. Caiu como uma bomba a notícia de que o deputado federal Capitão Alberto Neto iniciou um processo de “cessar-fogo” com o ex-candidato ao Senado, Coronel Menezes.
Isso já era esperado porque no PL-AM, Coronel Menezes era uma página virada; alguém para se esquecer. Ocorre que um líder político não pode ser levado pelo coração, por emoção ou por “raivinhas”. Políticos emocionados não duram muito tempo, e a política sempre será a arte do possível. Você é um ingênuo em pensar que um dia isso será diferente.
Alberto Neto está certo, sim, isso é histórico e matemático, doa em quem doer. Voltemos as eleições de 2020; se a direita estivesse unida, de cara o resultado daquela eleição teria sido diferente:
O ex-governador Amazonino Mentes venceu o 1º turno de 2020 com 234.088 votos, o que representou 24,31% dos eleitores. Se a direita estivesse unida em 2020, mesmo que não considerando os votos de Alfredo Nascimento, ou se todos fechassem com Ricardo Nicolau, por exemplo, que era uma espécie de 3ª via da época, certamente a direita iria para o segundo turno.
O que quero dizer é que as eleições de 2020 provam que se alguns políticos tivessem uma maior capacidade de união, o resultado seria muito diferente daquele que ocorreu, é só observarem os números. Agora vamos aos bastidores.
Conversando com uma fonte sobre o “cessar-fogo” no PL-AM, ele me confidenciou que três lideranças de partidos de esquerda aqui do Amazonas observam com apreensão a sigla, porque, sim, consideram que isso torna o jogo muito mais difícil para se chegar à Prefeitura de Manaus. Isso é uma obviedade para qualquer pessoa que esteja vendo de fora.
Se a direita conseguir se aglutinar em apenas um candidato, dificilmente, ela não estará no segundo turno.