Javier Milei, negou todas as possibilidades de negociar com o legislativo o decreto e o megaprojeto de Lei anunciados por ele em dezembro. Eles têm como objetivo desregulamentar vários setores da economia.
Milei ainda xingou políticos que são contra a medida, chamando-os de “idiotas inúteis”, afirmando que “não negociará nada”. O decreto começará a ser analisado nesta terça-feira (09/01) pelas comissões dos deputados, mas ainda pode ser derrubado caso haja rejeição na Câmara e no Senado.
O texto do projeto foi questionado por forças políticas do país como a União Cívica Radical (UCR), que destacou a medida como “avassaladora a institucionalidade democrática”. Carolina Losada, que integra a UCR e a aliança macrista Juntos pela Mudança, pontuou que seu bloco está disposto a apoiar reformas do decreto, mas que aspectos precisam ser revistos e discutidos.
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Milei voltou a acusar legisladores de quererem receber subornos com a negociação das leis do decreto e do megaprojeto enviado ao Congresso. Segundo o presidente, a magnitude do ajuste proposto pelo governo exige uma rápida resposta de investimento para que o dano em termos de atividade, emprego, pobres e indigentes seja o menor possível.
“Por que querem fazer isso [fracionar e discutir o decreto]? Porque querem receber propina com isso. Para outros governos que se dedicaram a nos tirar liberdade e colocar a mão no nosso bolso, não houve resistência alguma da casta política. Agora, nesse caso, em que estamos propondo uma estrutura pró-mercado, terminando com muitos vícios da política, se queixam (…) E há outros, os idiotas úteis, que colocam o foco na forma, quando é parte da dinâmica”, ressaltou.
“Não temos tempo. Se demorar um ano inteiro para discutir uma lei, não entra mais nem um peso na Argentina, ninguém vai investir no país. E temos tanta necessidade de investimento e tanta necessidade de entrada de divisas no país, porque senão tudo para”, finalizou.