Uma matéria publicada nesta segunda-feira (8/1) pela Folha de S. Paulo revela que a China, em novembro de 2023, construiu uma maquete do superporta-aviões de nova geração americana, como alvo para seus mísseis, assim sinalizando para possíveis novos episódios para a Guerra Fria 2.0.
A informação foi coletada pelas imagens de satélite colhidas no dia 1º de janeiro, pela empresa americana Planet Labs, e divulgada pelo site especializado The War Zone, que mostra uma maquete no formato e com as dimensões do USS Gerald R. Ford, um superporta-aviões americano, que batiza a sua classe de navio.
Ford ganhou destaque no fim do ano passado, quando foi deslocado pelo governo de Joe Biden ao lado do USS Dwight Eisenhower para o Oriente Médio, visando apoiar a guerra de Israel contra o Hamas ao dissuadir os aliados do grupo terrorista palestino, notadamente o Irã e o Hezbollah libanês, de entrar no conflito.
O superporta-aviões americano, que entrou em operação em 2019, deixou o Mediterrâneo no fim da semana passada, enquanto o Eisenhower, que é de uma geração anterior de porta-aviões, segue no mar Vermelho.
Em 2021, também foi descoberto pela empresa de imagens de satélite Maxar, alvos semelhantes na forma de porta-aviões menores e destroyers americanos, um deles construído sobre trilhos para simular movimento.
Em um levantamento em números brutos, a Marinha chinesa já supera a americana, mas não tem a mesma capacidade de projeção de poder que Washington tem com sua frota de 14 submarinos estratégicos para o lançamento de mísseis nucleares e 11 grupos de porta-aviões.
A China tem 6 submarinos do tipo e 2 porta-aviões ativos. Um terceiro, modelo de nova geração que incorpora novidades da classe Gerald Ford, já está em testes, enquanto um quarto está em produção.
*Com informações de Folha de S. Paulo