Após um ataque de artilharia, com mais de 200 disparos em duas ilhas da Coreia do Sul nesta sexta-feira (5/1), moradores de Yeonpyeong e Baengnyeong tiveram que procurar abrigos, apesar de os militares sul-coreanos afirmarem que não houve danos humanos. A ação foi chamada de “um ato de provocação” dos inimigos.
“Este é um ato de provocação que aumenta a tensão e ameaça a paz na península coreana”, disse Lee Sung-joon, porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
A ação aconteceu perto de uma tensa fronteira marítima entre os dois países, onde os projéteis caíram.
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O Ministério da Defesa divulgou nota em que adverte a prontidão para conter as ações de Kim Jong-un.
“A Coreia do Norte tem total responsabilidade por esta crise crescente e instamo-los veementemente a cessar imediatamente estas ações”, dizia o comunicado.
Ainda de acordo com a pasta, o país vai tomar “medidas apropriadas” em resposta às “provocações da Coreia do Norte”, “em estreita coordenação com os Estados Unidos”.
Houve o envio de uma mensagem aos residentes locais, solicitando que eles se mudassem para abrigos antiaéreos, mesmo o ministério não confirmando que é uma ação pelo ataque inimigo.
Um oficial confirmou outra mensagem que ordenava que os moradores da ilha de Baengnyeong, localizada a oeste de Yeonpyeong e nas proximidades da fronteira marítima, também saíssem do local.
Limite marítimo
Desde a década de 1990, a Coreia do Norte contesta a linha que define os limites marítimos entre os dois países. A definição foi feita no fim da Guerra da Coreia (1950 a 1953). O país afirma que a linha deveria estar muito mais ao sul.
Já houve uma tensão grande assim por causa do limite. Em 2010, a artilharia norte-coreana atacou a ilha de Yeonpyeong. Na ocasião, houve mortes. Pyongyang disse que só atacou por causa de exercícios de tiro real de Seul.
*com informações Metrópoles