Foi confirmada pelo Hamas, nesta terça-feira (2/1) a morte de seu alto líder, Saleh Mohammed Suleiman Al-Arouri, em um ataque no sul de Beirute, no Líbano. Ele é considerado por Israel como líder político e militar palestino, considerado um dos principais fundadores das Brigadas Al-Qassam, ala militar do Hamas na Cisjordânia.
O conselheiro sênior do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Mark Regev, disse que “Israel não assumiu a responsabilidade por este ataque”, em entrevista à “MSNBC”.
“Mas quem o fez deve deixar claro que não se tratou de um ataque ao Estado libanês. Não foi um ataque nem mesmo ao Hezbollah”, prosseguiu Regev.
Enquanto isso, um ex-embaixador israelense nas Nações Unidas Danny Danon, elogiou as agências de segurança do país pelo “assassinato” de Arouri.
Al-Arouri
Membro do Hamas desde 1987, Al-Arouri começou a estabelecer e organizar um aparelho militar para o movimento na Cisjordânia em 1991, o que contribuiu para o lançamento efetivo das Brigadas Al-Qassam na Cisjordânia em 1992.
Ele foi o ex-vice-chefe do braço político do Hamas e participou, em 2011, da negociação da libertação do soldado israelense capturado Gilad Shalit em troca de 1.027 prisioneiros palestinos detidos em prisões israelenses.
Al-Arouri foi repetidamente preso por Israel, inclusive por longos períodos entre 1985 e 1992, e de 1992 a 2007, segundo o Conselho Europeu de Relações Exteriores.
Em 2010, ele foi deportado por Israel para a Síria, onde viveu durante três anos antes de se mudar para a Turquia e de lá para o Líbano.
Tribunal de Haia
Na terça-feira (2/1) o porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, disse que o Estado de Israel comparecerá perante o Tribunal Internacional de Justiça em Haia “para dissipar o absurdo libelo de sangue da África do Sul”.
A referência do discurso é a alegação da África do Sul que Israel está cometendo genocídio em sua guerra contra o Hamas.
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Reunião com Delegação do Senado dos EUA
Membros do Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos viajaram nesta terça-feira (2/1) para se reunir com altos funcionários israelenses para discutir o estado da guerra Israel-Hamas.
Os legisladores deverão conversar com Netanyahu e líderes dos países árabes durante a visita, segundo a senadora democrata Kirsten Gillibrand.
*com informações CNN