Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciaram nesta terça-feira (2/1), a paralisação das atividades de fiscalização em meio a falta de posicionamento do governo federal sobre possíveis melhorias nas condições de trabalho da classe.
Em uma carta intitulada “Suspensão das atividades de campo e concentração em tarefas burocráticas internas”, os funcionários afirmam que decidiram adotar a chamada operação padrão devido à falta de respostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos sobre a reestruturação das carreiras do órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
A informação foi divulgada pela CNN Brasil, e revelou que o ministério comandado por Esther Dweck afirmou, em nota, que reinstalou uma mesa permanente de negociação com os servidores públicos e que o primeiro acordo fechado é um reajuste de 9% para todos os servidores, incluindo os do Ibama.
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A decisão dos servidores de entrar em greve é uma resposta direta à falta de ação e suporte efetivo aos profissionais e às missões críticas desempenhadas pelo Ibama, conforme mencionado no documento divulgado pelos funcionários.
Atividades externas, incluindo fiscalização ambiental e combate a incêndios, estão em risco até que as negociações com o Ministério da Gestão e Inovação sejam retomadas.
A suspensão dessas atividades pode impactar significativamente a preservação ambiental. Os servidores atribuem essa situação a uma década de negligência da carreira do serviço público. O Ministério da Gestão iniciou 21 negociações com algumas carreiras no segundo semestre de 2023 e já fechou sete acordos, reafirmando que a recomposição da força de trabalho é uma prioridade.