A presidente da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, Claudine Gay, pediu demissão nesta terça-feira (02/01). Ela estava sendo pressionada a deixar o cargo após ter dado um depoimento no Congresso dos EUA sobre antissemitismo no campus da universidade.
Desde então, começaram a surgir denúncias de que ela teria publicado artigos acadêmicos com trechos plagiados de outros estudos. Gay estava no cargo desde julho de 2023.
A polêmica começou após manifestações pró-Palestina de estudantes em universidades dos EUA. Gay e outros presidentes de universidades dos EUA foram convocados para prestar depoimento no Congresso.
Durante o depoimento dela, perguntaram à Gay se as manifestações de alunos de Harvard que pediam o genocídio do povo judeu seriam uma violação das regras de assédio da universidade. Gay então disse o seguinte: “Podem ser, dependendo do contexto”. Para os opositores de Gay, a frase foi evasiva e não foi suficientemente incisiva.
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Depois do depoimento dela no Congresso, começaram a aparecer as acusações de plágio. Inicialmente, três artigos acadêmicos dela foram analisados. Concluiu-se que ela não violou os padrões de pesquisa, mas que havia citações que foram feitas de forma equivocada. A presidente afirmou que ia pedir para inserir correções.
Em um segundo momento, apareceram outras duas acusações de problemas com citações dissertação de doutorado da presidente, de 1997. Ela chagou a pedir desculpas e renunciou do cargo após os surgimentos das acusações.
Em sua carta de renúncia, Gay afirma que “ficou claro que o melhor para a Universidade Harvard é que eu renuncie e que nossa comunidade possa navegar esses momentos de grandes desafios com foco na instituição, e não em um indivíduo”.
Ela disse também que tem sido estressante que as pessoas tenham colocado em dúvida seus compromissos em combater o ódio e se ater ao rigor acadêmico, que são “dois valores fundamentais para quem eu sou, e é assustador ser objeto de ataques pessoais e ameaças motivados por preconceito racial.“