Desde o início da guerra da Rússia com a Ucrânia, em fevereiro de 2022, as Forças Armadas ucranianas declararam que, nesta sexta-feira (29/12), foi o maior ataque aéreo sofrido.
Moscou usou 158 drones, além de mísseis hipersônicos e de cruzeiro para atacar alvos em Kiev, no leste, sul e oeste do país, disse a Força Aérea ucraniana, matando pelo menos 12 pessoas e ferindo dezenas.
O combate iniciado entre a noite de quinta-feira (28/12) e a manhã desta sexta-feira (29/12) fez com que as autoridades europeias se comprometerem apoiar a Ucrânia a longo prazo.
Apoio da União Europeia
“Apoiamos a Ucrânia desde o primeiro dia da guerra contra a Rússia. Com quase 85 bilhões de euros em apoio financeiro, humanitário e militar”, disse a presidente.
“Continuaremos apoiando a Ucrânia enquanto for necessário. E agora estamos abrindo a porta da UE ao nosso amigo e vizinho”, continuou von der Leyen.
No início do mês um pacote de ajuda financeira multibilionária para a Ucrânia foi vetado, depois que a Hungria foi a única nação a manifestar oposição, porém, a maioria dos membros está explorando a utilização de diferentes mecanismos para continuar a prestar assistência financeira à Ucrânia.
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Depois de uma reunião de cúpula da UE este mês, von der Leyen declarou que trabalha com alternativas para unanimidade.
“Estamos trabalhando arduamente, claro, para obter um resultado onde haja um acordo entre os 27 Estados-membros”.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, ao responder uma postagem no X do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que os últimos ataques da Rússia à Ucrânia mostram que o presidente russo, Vladimir Putin, “não irá parar diante de nada” para alcançar o seu objetivo de “erradicar a liberdade e a democracia”.
“Não vamos deixá-lo vencer”, disse Sunak em uma postagem no X (antigo Twitter). “Devemos continuar a apoiar a Ucrânia (enquanto for necessário)”, acrescentou.
Zelensky usou as mídias sociais e disse mais que “a Rússia usou quase todo tipo de arma em seu arsenal” para lançar ataques, visando uma maternidade, instalações educacionais, um shopping center, edifícios residenciais, casas e outras estruturas.
Josep Borrell, alto representante da UE para os negócios estrangeiros e a política de segurança, repetiu que o bloco permanecerá ao lado da Ucrânia “enquanto for necessário”.
“Da noite para o dia, a Rússia lançou um dos maiores ataques desde a invasão à Ucrânia contra cidades e a população. Foi mais um ataque covarde e indiscriminado a escolas, a uma estação de metrô e a um hospital”, escreveu ele no X.
Nesta sexta-feira (29/12), o Ministério francês da Europa e dos Negócios Estrangeiros condenou a “estratégia de terror da Rússia na Ucrânia” e escreveu.
“A Rússia está prosseguindo a sua estratégia de terror que visa destruir a infraestrutura civil ucraniana, a fim de minar a resiliência da população ucraniana neste segundo inverno do conflito”, dizia o comunicado.
O país deverá continuar com o seu apoio à Ucrânia, fornecendo “a assistência necessária para lhe permitir exercer a sua defesa legítima”.
O presidente da Moldávia, Maia Sandu, afirmou que o último ataque da Rússia à Ucrânia “ressalta a necessidade urgente” de reforçar as defesas aéreas da Ucrânia.
“Profundamente perturbado pelo ataque aéreo massivo da Rússia às cidades ucranianas hoje. Meus pensamentos estão com todos os afetados esta manhã e todos os dias desta guerra brutal”, disse Sandu em um post.
“A agressão de hoje sublinha a necessidade urgente de reforçar as capacidades de defesa aérea da Ucrânia para proteger vidas”, acrescentou.
*com informações CNN