De acordo com as informações do boletim extraordinário do Serviço Geológico da Colômbia, a atividade sísmica do Nevado del Ruiz, começou a aumentar desde domingo (24/12), associada com a quebra de rochas no setor oriental do vulcão, a aproximadamente 5 km de distância da cratera Arenas.
Os sismos são registados entre os 3 km e os 4 km de profundidade e com magnitude máxima de 2,5, explicou a organização.
“Embora o aumento do número de terremotos tenha sido baixo, alguns deles foram relatados como sentidos pelos habitantes dos setores de La Cabaña e do cânion do rio Lagunilla, no departamento de Tolima”, explica o boletim.
Por outro lado, o boletim explicou que existe atividade sísmica associada à lava localizada no fundo da cratera. Este tipo de atividade se intensificou na noite de domingo e durou até a manhã de segunda-feira (25/12), “apresentando um aumento do seu nível de energia, principalmente entre as 4h50 e 5h50. Os sismos foram de nível de energia baixo a moderado e estiveram relacionados tanto com a fraturação de rochas e dinâmica de fluidos”, diz o relatório.
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O Serviço Geológico esclareceu também que se mantém o estado de alerta amarelo, que significa “vulcão ativo com alterações no comportamento do nível base dos parâmetros monitorizados e outras manifestações”.
A recomendação para as populações próximas do vulcão é que estejam atentas às atualizações porque a qualquer momento a atividade pode aumentar ainda mais e fazer com que o alerta passe para laranja ou vermelho.
Rios de lava
As autoridades de gestão de risco, em abril deste ano, recomendaram a evacuação imediata de 28 comunidades próximas do vulcão devido à atividade que registou. Naquela altura, foi avisado que em caso de erupção “só teria um tempo de evacuação de aproximadamente menos de uma hora”. Naquela época, o alerta era laranja. Além disso, dias antes, havia sido relatada queda de cinzas em dois municípios.
Localizado na fronteira entre os departamentos de Caldas e Tolima, o Nevado del Ruiz tornou-se famoso no mundo em 13 de novembro de 1985, quando entrou em erupção e afetou a cidade de Armero.
O Governo da Colômbia estimou naquela época que a tragédia deixou quase 25 mil mortos. Na ocasião, o vulcão liberou rios de material vulcânico e lama que devastaram tudo em seu caminho.
*com informações CNN