Nesta quinta-feira (21/12), o Ministério da Saúde decidiu incorporar a vacina contra dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
No cenário da imunização, a Qdenga, como foi nomeada a vacina, terá uma distribuição inicial focalizada, priorizando determinados públicos e regiões. A Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec) examinou e deu o aval para a integração desse imunizante.
“O Ministério da Saúde avaliou a relação custo-benefício e a questão do acesso, já que em um país como o Brasil é preciso ter uma quantidade de vacinas adequada para o tamanho da nossa população. A partir do parecer favorável da Conitec, seremos o primeiro país a dar o acesso público a essa vacina, como um imunizante do SUS. E, até o início do ano, faremos a definição dos públicos alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, disse Nísia Trindade.
A estratégia para uso das doses de vacinas será estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI).
Leia mais:
Anvisa aprova nova vacina contra dengue
Brasil aumenta cobertura de 8 vacinas do calendário infantil em 2023
MS estima prazo que vacina contra dengue estará disponível no SUS
Ambos serão responsáveis por identificar o público-alvo prioritário e as regiões com maior incidência da doença para a aplicação das doses. A definição dessas estratégias deve ocorrer nas primeiras semanas de janeiro.
A previsão é que sejam entregues 5,082 milhões de doses em 2024, entre fevereiro e novembro. O esquema vacinal é composto por duas doses.
O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com indicação para prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo do vírus para pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente de exposição prévia.