Com quase 100% das urnas apuradas no Chile, o resultado da votação aponta uma vantagem acima de 10 pontos percentuais para a rejeição da nova constituição do país. O votação ocorreu neste domingo (17/12).
Dados oficiais divulgaram 56% contra a substituição e 44% a favor. É a segunda vez que os chilenos recusam uma nova constituição.
O texto proposto visa substituir a atual Carta Magna chilena, que remonta à ditadura do general Augusto Pinochet, que governou o país de 1973 a 1990.
Leia mais:
Dezenas de empresários são presos por fraude fiscal no Chile
Chile vota hoje em plebiscito para substituir Constituição da era Pinochet
Após uma onda de manifestações em 2019 sobre o aumento da desigualdade e o estado precário dos serviços públicos, se iniciou o processo para o país ter uma nova Constituição.
Uma primeira tentativa de substituir a Constituição, dominada pela esquerda e independentes, também fracassou em setembro do ano passado.
A proposta, agora rejeitada pela maioria, foi considerada por alguns analistas como mais conservadora do que a da ditadura, e coloca em centro os direitos de propriedade privada e regras rígidas sobre imigração e aborto.
Mas as prioridades mudaram para muitos chilenos em meio a uma forte desaceleração econômica, cansaço com o processo constitucional e descontentamento com o aumento da criminalidade.
Antes do plebiscito, o presidente Gabriel Boric disse que não pressionaria por uma terceira reformulação, mas poderia tentar emendar o texto atual.
*com informações de CNN