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Quem é “Mestrão”? Em troca de mensagens, Moro é aconselhado a não revelar voto sobre Dino

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O senador Sergio Moro está causando nova polêmica nas redes sociais e entre grupos de direita desde a sabatina na Câmara de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que aprovou na quarta, 13/12, o nome de Flávio Dino para ocupar vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

A polêmica aconteceu quando o fotógrafo Brenno Carvalho captou troca de mensagens de WhatsApp na tela do celular do ex-juiz, uma conversa com alguém identificado apenas como “Mestrão”, que o alertava sobre não declarar abertamente voto a favor de Dino.

Esse contato disse ao senador que o “coro está comendo” nas redes sociais, após imagens de Moro sorrindo ao lado de Dino no intervalo da sessão terem circulado na internet.

Depois do alerta, “Mestrão” tentou tranquilizar o senador: “Fica frio que ja ja [sic] passa”. E depois completou, “Não pode ter vídeo de você falando que votou a favor, se não isso vai ficar a vida inteira rodando”.

Ao passo que Moro responde: Blz (beleza) [sic]. Vou manter meu voto secreto, eh [sic] um instrumento de proteção contra retaliação”.

Veja abaixo:


Leia mais:

Dino assume no STF em fevereiro de 2024; Gonet deve tomar posse no próximo dia 18

CCJ do Senado aprova indicações de Flávio Dino e Paulo Gonet


Ao ser questionado sobre as mensagens, a assessoria de Moro respondeu ao Estadão que que a pessoa com quem ele conversou pelo celular “sem ter informação do voto do senador fez a sugestão somente porque distorceram o posicionamento do parlamentar nas redes após cumprimento ao ministro Dino. Em resposta, o senador disse que iria manter o sigilo do voto, que é um instrumento de proteção contra retaliação”.

Desde que a história viralizou, o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, disse que “Mestrão” é Rafael Travassos Magalhães, assessor parlamentar de Moro e citado em inquérito que apura a prática de rachadinha relacionada ao deputado estadual Ricardo Arruda, do PL paranaense. Moro contratou alguns funcionários do deputado.

Em outubro, Magalhães foi citado em relatório do Coaf que apontou uma série de saques em espécie, com valores repetidos e indícios de fracionamento, sempre em datas próximas ao fim de cada mês, no período em que trabalhava na Corregedoria da Assembleia Legislativa do Paraná, chefiada por Arruda.

Dino foi aprovado na CCJ por um placar de 47 votos a favor e 31 contra. Ele deve assumir a vaga no STF em fevereiro de 2024.

*Com informações de UOL, Metrópoles e Estadão

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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