Nesta quarta-feira (13/12), a Argentina sentiu os primeiros efeitos do “Plano Motosserra”, pacote de ajustes ficais anunciado na terça-feira (12/12) pela Argentina, para tentar conter a crise.
Um dia após o anuncio, a petrolífera Shell aumentou os preços dos combustíveis em cerca de 37%, e a estatal argentina YPF aplicou um aumento, em uma média, de 25%, gerando uma corrida a postos de gasolina diante de um temor de mais subidas.
Nesta tarde, o litro da gasolina comum em Buenos Aires havia subido de 446 pesos (cerca de R$ 5,95) para 612 pesos (cerca de R$ 8,22).
“Sabíamos que mais cedo ou mais tarde a coisa ia estourar. Estamos pagando as consequências”, disse o argentino Franco Hit, de 43 anos, enquanto abastecia o tanque de seu carro em um posto de gasolina em Buenos Aires. “Vai ser um ano difícil, muito difícil”.
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O novo secretário de Energia, defendeu que a YFP determine seus próprios preços, com controle do governo que detém 51% das ações da petrolífera.
Também nesta quarta, o Instituto de Estatísticas da Argentina divulgou que a inflação no país chegou a 160,9% no acumulado de 12 meses. Com a subida, a inflação acumulada em 2023 chegou a 148,2%, no maior resultado anual desde a hiperinflação de 1990, quando terminou o ano acima dos 1.300%.
Todas as medidas entrarão em vigor com a virada do ano, segundo anunciou nesta manhã o porta-voz do governo Argentino, Manuel Ardoni, ele disse ainda que, “nos próximos dias”, o governo de Javier Milei também divulgará detalhes sobre as novas tarifas de transporte público, energia, gás e água – todas aumentarão consideravelmente de valor, principalmente pelo corte de subsídios a esses setores.