A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta terça-feira (12/12), quatro mandados de busca e apreensão no inquérito que investiga a invasão da conta da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, no X (antigo Twitter).
Os mandados estão sendo cumpridos em Minas Gerais, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O inquérito foi aberto pela PF nesta terça-feira para apurar a invasão.
O ataque hacker aconteceu na noite de segunda-feira (11/12) com publicações ofensivas, xingamentos e conteúdos pornográficos postados contra Janja, o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, dois departamentos estão trabalhando desde ontem à noite na elucidação do caso: o departamento de combate a crimes cibernéticos e o departamento de inteligência policial.
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O inquérito aberto será atrelado a outro já existente, que apura ataques cibernéticos ocorrido contra, pelo menos, dez mulheres que integram o governo federal ou o parlamento.
Além da PF, a invasão hacker no perfil no X da primeira-dama mobilizou a Advocacia-Geral da União (AGU), que notificou a rede social na mesma noite da invasão hacker.
Por meio de notificação extrajudicial, a AGU cobrou o congelamento da conta @JanjaLula até a conclusão das investigações e a preservação de todos os registros e elementos digitais relativos ao perfil.
Nesta terça-feira (12), a primeira-dama se pronunciou por meio de sua conta no Instagram:
“Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta no X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei”, escreveu.