A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, poderá assumir um ministério do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a Folha de S. Paulo, petistas já teriam iniciado debate para saber quem poderia ocupar o lugar da deputada caso saia da direção do partido.
Contrariando especulações, Lula não convidou o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para a pasta da Justiça durante viagem para os países árabes e a Alemanha.
Aliados avaliam que Lula demonstra vontade de ter uma mulher no comando do Ministério da Justiça. O nome de Gleisi passou a ser um dos cotados para assumir a pasta que ficará com a cadeira vazia com a saída de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).
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Presidência do PT
O destino da presidente é incerto. Outra possibilidade é de que ela assuma o posto de Márcio Macêdo na Secretaria-Geral. Com as possíveis mudanças, Macêdo poderá ascender à presidência do PT e sair candidato à Prefeitura de Aracaju.
“O principal entrave para Gleisi ser ministra é a dificuldade de se encontrar um sucessor natural para o comando do PT. Lula tem a preocupação de que o partido não fique desfalcado, sobretudo num ano eleitoral”, diz o jornal.
Outros nomes cogitados para o comando da sigla são do líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), do deputado Rui Falcão (SP), que já foi presidente do PT, do prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, e do senador Humberto Costa (PE).
A escolha do futuro presidente do PT dependerá, no entanto, do aval de Lula e da simpatia de Janja, diz o jornal. A expectativa é de que o chefe do Executivo promova uma reforma ministerial em 2024.
A presidente do PT também poderia ser chamada para chefiar outra pasta, como a Casa Civil e o Desenvolvimento Social.
Quando Dino sairá da Justiça
Em uma reunião com seus secretários na semana passada, Flávio Dino avisou que só deixará o Ministério da Justiça em fevereiro. O ministro não deu detalhes, mas a data coincide com a posse no STF, sugerindo que ficará na Justiça até lá.
Há no Palácio do Planalto quem defenda o contrário: que o presidente indique o futuro ministro já na próxima semana, antes da sabatina, para que Dino vá sem amarras ao escrutínio no Senado, que será na próxima quarta-feira (13).
*Com informações da Folha de S.Paulo