Durante seu programa o “Con Maduro +” nesta segunda-feira (4/12), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou recado para que os Estados Unidos não se envolvam no assunto Essequibo e nem nas questões com a Guiana.
A mensagem de Maduro responde à fala do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, que anunciou que Venezuela não pode resolver a questão da anexação do território de Essequibo, na Guiana, por reverendo.
A votação foi realizada no último domingo (3/12), com a aprovação de 96% da população, sobre a proposta de Maduro na reinvindicação do território.
“Estados Unidos, eu te aconselho, fiquem longe daqui. Deixem que a Guiana e a Venezuela resolvam este assunto em paz. Fora daqui”, disse o presidente venezuelano.
Ele também criticou os EUA por estimularem a Guiana a lutar contra a Venezuela, pela presença de militares norte-americanos, sobre na fronteira e declarações de Irfaan Ali, presidente guianes.
“Então os Estados Unidos retiraram a presidência do presidente da Guiana? O presidente da Guiana disse que tinha tropas dos Estados Unidos prontas para travar uma guerra contra a Venezuela. Ou seja, os Estados Unidos estão agindo como estão: fazem uma promessa à Guiana e incentivam a provocar a Venezuela”, disse Maduro durante a transmissão.
Nesta segunda-feira (4/12), o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que o governo de Joe Biden apoia uma solução pacífica para a disputa de fronteira entre Venezuela e Guiana e acredita que ela não pode ser resolvida por meio de um referendo.
“Isso não é algo que será resolvido por um referendo”, destacou o porta-voz do Departamento de Estado.
Guiana
Já o presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse em transmissão nas redes sociais, antes dos resultados do referendo que “não há nada a temer”.
“Nossa vigilância vai aumentar”, afirmou Ali. “Estamos trabalhando contra o relógio para que nossas fronteiras sejam mantidas intactas e que as pessoas do nosso país continuem em segurança”, disse o presidente guianense.
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Brasil em alerta
Diante do quadro de tensão, o setor de inteligência da Polícia Federal (PF) acompanha a situação da fronteira para passar relatórios de inteligência e embasar eventuais decisões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, confirmou o envio de 20 tanques para Roraima. Blindados vão ficar em Boa Vista, mas, à disposição para uma eventual necessidade de atuação em Pacaraima, segundo a CNN.
Desde semana passada, a fronteira ganhou um reforço, o exército já tinha aumentado para 130 o efetivo de militares na fronteira. O Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima, que opera com 70 militares, ganhou o reforço de mais 60 soldados.
*Com informações UOL e CNN