Durante seu giro pelo Oriente Médio, no qual passou por Arábia Saudita, Catar e Dubai, o presidente Lula (PT) criticou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por sua condução da guerra e o chamou de “extremista”. Lula ainda afirmou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, “não teve a sensibilidade de parar” a guerra entre Israel e Hamas.
As declarações foram dadas em entrevista ao jornal Al Jazeera (emissora estatal da monarquia do Catar), publicada nesta sexta-feira (1º/12).
“Netanyahu é efetivamente extremista, de extrema-direita, sem sensibilidade com os problemas dos palestinos. Pensa que os palestinos não significam nada. Ele precisa aprender que os palestinos precisam ser respeitados e suas terras marcadas”, declarou.
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Lula também afirmou que o Hamas cometeu um ataque “terrorista” em 7 de outubro –quando o grupo extremista lançou uma ofensiva que deu início ao conflito no Oriente Médio – e que Israel tinha o direito de se defender, mas não de matar crianças, mulheres e inocentes.
“Não é uma guerra tradicional, mas um genocídio que mata milhares de crianças e mulheres que não têm culpa alguma”, disse.
Ao criticar a postura de Biden diante da guerra, o presidente brasileiro afirmou que “os Estados Unidos tiveram muita influência sobre Israel, seja no âmbito econômico ou militar”.