Auxiliares do presidente Lula (PT) dizem que a experiência de Simone Tebet como vice-governadora do Mato Grosso do Sul pode ser um ponto forte para sua eventual recondução ao Ministério da Justiça.
Segundo apurou a CNN Brasil, a experiência de Tebet no governo sul-mato-grossense, a proximidade com os governadores, habilidade de argumentação com a Polícia Militar e o conhecimento sobre a realidade da fronteira e da violência no Brasil são importantes para o substituto de Flávio Dino.
Outros fatores contam a favor de Tebet. Sua saída do ministério do Planejamento também abriria espaço para colocar outra mulher nessa pasta, reduzindo as críticas de falta de diversidade no governo.
À imprensa a ministra disse, no dia 28/11, que não foi sondada e nem convidada para a pasta. Segundo ela, “não é o momento” de debater o assunto, dado que Dino deve ficar no cargo até a sabatina com o Senado, marcada para 13 de dezembro.
“Não vamos esquecer que o Ministério da Justiça ainda tem titular. O ministro Flávio Dino foi indicado ao STF, mas ainda continua como ministro esse mês. Então, neste momento, não é hora de falar em ocupação de novos cargos nem de nomeação, porque não há vacância no ministério”, disse Tebet, sobre os rumores de sua ida para a Justiça.
No Planalto, Tebet é vista como leal e o receio de que ela seja uma adversária nas eleições presidenciais em 2026 é minimizado. Ela é vista, inclusive, como uma opção de vice para Lula.
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Gleisi Hoffmann também está cotada para o ministério da Justiça, mas aliados próximos à deputada e presidente do PT dizem que ela é “desapegada” a cargos no primeiro escalão. Fontes próximas a ela dizem que Gleisi sabe de sua importância para o PT nas eleições municipais. O mandato dela na presidência do partido chegou a ser estendido para 2025.
O nome de Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF, também aparece com força, mas há dúvidas se ele aceitaria a missão devido à idade. Ele é muito próximo de Lula e embarcou com o presidente na viagem para o Oriente Médio. Alguns interlocutores não descartam que Lula possa tentar convencê-lo durante esse período. O presidente só deve definir o sucessor de Flavio Dino quando voltar ao Brasil.
*Com informações da CNN Brasil.