O advogado Frederick Wassef disse, em depoimento à Polícia Federal, que o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wanjgarten, foi quem lhe pediu para recomprar o relógio Rolex do ex-presidente Jair Bolsonaro, vendido nos Estados Unidos.
Wassef, inclusive, já admitiu publicamente que recebeu orientações de Cid sobre a loja em que o relógio foi recuperado nos Estados Unidos. A avaliação é que a partir dos celulares apreendidos pela operação é possível desenhar a rota de recuperação da joia.
No depoimento, que durou quase duas horas, Wassef afirmou que já tinha uma viagem marcada para os Estados Unidos e que teria recebido ligações e mensagens de Wanjgarten reiterando o pedido.
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Segundo o advogado informou à PF, o custo para recuperar o relógio foi de 49 mil dólares e a operação foi paga em dinheiro vivo.
O relógio foi vendido à loja Precision Watches, localizada na cidade de Willow Grove, no estado americano da Pensilvânia. O acordo da venda, segundo a PF, foi fechado pessoalmente pelo tenente-coronel Mauro Cid.
A defesa dos envolvidos tem sustentado que recomprar o relógio não seria um crime pois a avaliação, antes do pedido de devolução do Tribunal de Contas da União (TCU), era de que o item seria personalíssimo e poderia ficar com o ex-presidente, sendo posteriormente vendido.
Nas redes sociais, Fabio Wanjgarten disse agradecer “a competente apuração da Polícia Federal que, por razões mais do que óbvias já constata quando uma mentira tem perna curta”.
Agradeço a competente apuração da Polícia Federal que por razões mais do que óbvias já constata quando uma mentira tem perna curta.
A PF está de posse dos ZAPs de todos os envolvidos e sabe exatamente quem fez o que e principalmente quem não fez o que.
Quem mente será… pic.twitter.com/CLrf5fDJye— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) November 29, 2023