A juíza Kismara Brustolin, que foi gravada repreendendo e gritando com uma testemunha durante sessão do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região em Santa Catarina, pediu afastamento na quarta-feira, 29/11. Segundo o órgão, o pedido de afastamento se deve a um tratamento de saúde.
Por causa do incidente, a magistrada já tinha sido suspensa de novas audiências pelo tribunal. Também foi aberto procedimento para apurar a conduta da juíza durante a sessão.
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Relembre o caso:
O incidente aconteceu em uma sessão na Vara da Justiça do Trabalho em Xanxerê, no Oeste do estado, em 14 de novembro, e teve o vídeo divulgado na terça, 28. No trecho do vídeo que causou toda a polêmica, a juíza interrompe a fala de um homem e pede que ele fale a frase: “O que a senhora deseja, excelência?”. A testemunha questiona se é obrigada a dizê-la e a magistrada diz que não, porém insiste e rebate que “se ele não fizer isso, o depoimento terminará e não será considerado”.
Depois, elevando a voz, a juíza pede novamente para ele parar de falar e o chama de “bocudo” – expressão usada para designar alguém que está falando demais. A testemunha é então excluída da audiência.
Veja o vídeo da polêmica audiência com a juíza abaixo:
Quem é a juíza?
Kismara Brustolin é natural de Caxambu do Sul, em SC, e atua como substituta na Vara do Trabalho. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a magistrada recebe R$ 37.496,49 por mês. Em outubro, o salário ultrapassou os R$ 60 mil (isso acontece por causa de benefícios pontuais e férias).
Ela tem graduação pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e especialização em Direito Processual Civil. Na carreira, também atuou no Tribunal Regional do Trabalho no Mato Grosso como juíza do trabalho substituta.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina pediu a apuração do caso e da conduta da juíza.
Com informações de G1 e Metrópoles.