Em discurso na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na Bélgica, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, garantiu nesta quarta-feira (29/11), que Washington e seus aliados continuarão apoiando firmemente a Ucrânia na guerra contra a Rússia.
O secretário americano admitiu que há quem “questione se os Estados Unidos e outros aliados realmente continuam apoiando a Ucrânia, enquanto entramos no segundo inverno da brutalidade de Putin”.
“A resposta da Otan é clara e inabalável. Devemos continuar apoiando a Ucrânia e assim faremos”, acrescentou.
As declarações do chefe da diplomacia dos Estados Unidos acontecem enquanto crescem os receios de que uma redução do apoio militar à Ucrânia possa forçar o país a buscar algum tipo de acordo com a Rússia, a partir de uma posição de fragilidade.
Os ministros das Relações Exteriores da Otan insistiram que a aliança permaneça convencida da necessidade de manter o apoio militar à Ucrânia.
A voz da Ucrânia
Na sede da Otan, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reafirmou que seu país “não recuará” na guerra contra a Rússia, apesar dos progressos mínimos alcançados na linha de frente e das dúvidas sobre a continuidade do apoio ocidental.
O ministro ucraniano afirmou que a Ucrânia não recuará para manter seus território e espera não perder o apoio americano.
“Nosso objetivo estratégico, que é a integridade territorial dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente desde 1991, permanece inalterado,” disse.
“Esperamos que o Congresso dos EUA também encontre uma solução que seja do interesse do povo americano, que é apoiar Israel e a Ucrânia”, continuou Kuleba.
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A Ucrânia não recebe pressão para negociar com a Rússia, apesar do principal comando militar da Ucrânia ter admitido que os combates chegaram a um impasse.
Para o chanceler ucraniano, “a melhor forma de evitar enviar os seus próprios soldados para a guerra é ajudar outro país a travar a sua própria guerra”.
De acordo com o site Estado de Minas, a Ucrânia solicitou a adesão à Otan para poder beneficiar-se da proteção oferecida pela aliança militar, porém a organização optou em pedir o apoio militar à Ucrânia, já que adicionar esse país agora poderia arrastar toda a aliança para uma guerra contra a Rússia.
Pela situação, o ministro fez uma observação. da guerra, dizendo que a Ucrânia já está sendo transformada em “um exército da Otan, de fato”, em termos de “capacidade técnica, abordagens de gestão e princípios”.
“Defender a Europa sem a Ucrânia é uma tarefa inútil”, destacou Kuleba.
*com informações Estado de Minas