Mediadores da guerra entre Israel e o grupo extremista do Hamas tentam negociar mais uma extensão do cessar-fogo na Faixa de Gaza, nesta quarta-feira (29/11), antes que os combates retornem após o sexto dia de trégua, segundo a agência de notícias da Reuters.
O provável último grupo de reféns que deverá ser liberado nesta quarta (29/11), no fim do dia, já teve suas famílias avisadas. De acordo com a emissora pública israelense Kan, caso a trégua seja estendida, novas listas devem surgir para libertação.
Uma lista foi divulgada pelos líderes do Hamas em Gaza com 15 mulheres e 15 adolescentes que serão libertados em troca de cidadãos palestinos, bem como residentes do território ocupado que entram na lista pela primeira vez.
Uma autoridade palestina disse à Reuters que, apesar da disposição de ambos os lados de prolongar a trégua, nenhum acordo foi alcançado ainda. As discussões ainda estavam em andamento com os mediadores Egito e Catar.
O porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, em entrevista em Tel Aviv, disse que Israel consideraria qualquer proposta séria, embora se recusasse a fornecer mais detalhes.
“Estamos fazendo tudo o que podemos para retirar os reféns. Nada está confirmado. Estamos falando de negociações muito sensíveis nas quais vidas humanas estão em jogo”, ponderou.
“Esta guerra terminará com o fim do Hamas”, continuou.
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Até agora, os militantes de Gaza libertaram 60 mulheres e crianças israelitas dos 240 reféns que capturaram, em cumprimento do acordo que garantiu a primeira trégua da guerra.
Vinte e um estrangeiros, principalmente trabalhadores agrícolas tailandeses, também foram libertados em acordos paralelos separados. Em troca, Israel libertou 180 palestinos detidos pela segurança, todos mulheres e adolescentes.
A trégua inicial de quatro dias foi prorrogada por 48 horas a partir de segunda-feira (27/11), e Israel diz que estaria disposto a prolongá-la ainda mais enquanto o Hamas libertasse 10 reféns por dia.
A condição de menos mulheres e crianças ainda em cativeiro do grupo extremista, poderá significar concordar com os termos que regem a libertação de pelo menos alguns homens israelitas pela primeira vez.
*com informações Reuters