Com o objetivo em avançar com políticas de descarbonização no transporte aéreo, um jato da Virgin Atlantic, decolou de Londres, em um voo para Nova Iorque, na terça-feira (28/11), movido 100% por combustível sustentável de aviação (SAF, em inglês).
De acordo coma agência de notícias Reuters, é a primeira vez que um avião comercial voa de longa distância com 100% SAF, mas como se trata de um voo experimental, voará de volta à Grã-Bretanha usando combustível normal de aviação.
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A aviação é responsável por cerca de 2-3% das emissões globais de carbono. O SAF é fundamental para a redução dessas emissões, mas é caro, cerca de três a cinco vezes mais do que o combustível de aviação utilizado normalmente, e representa menos de 0,1% do total global de combustível de aviação em uso atualmente.
Os motores em uso comercial ainda não estão certificados para voar com mais de 50% de SAF e a grande maioria dos voos mistura uma quantidade muito menor de SAF com combustível de aviação tradicional.
Os primeiros passageiros do primeiro voo sustentável estão o bilionário fundador da Virgin Atlantic, Richard Branson, o presidente-executivo da companhia aérea, Shai Weiss, e o ministro dos transportes da Grã-Bretanha, Mark Harper.
Organização da Aviação Civil Internacional (Icao)
Governos de mais de 100 países membros da Icao, chegaram a um acordo na última sexta (24/11) para estabelecer meta de reduzir em 5% a intensidade de carbono do combustível usado nas aeronaves.
Seus os membros deverão definir suas próprias estratégias para alcançar a meta de utilizar energia limpas na aviação.
De acordo com o presidente do Conselho da Icao, Salvatore Sciacchitano, a meta vem para facilitar a implantação da diminuição de carbono.
“O papel do Quadro é facilitar a expansão do desenvolvimento e implantação de SAF, LCAF e outras energias mais limpas da aviação numa base global, e principalmente proporcionando maior clareza, consistência e previsibilidade a todas as partes interessadas, incluindo aquelas fora do setor da aviação,” explicou.
O SAF é um substituto do querosene de aviação derivado de petróleo, que atualmente já pode ser usado em misturas de até 50%, fabricado a partir de fontes renováveis.
*com informações Reuters e EPBR