A confusão entre argentinos e a Polícia Militar no Maracanã, antes doe duelo entre Brasil e Argentina terminou no Juizado Especial Criminal (Jecrim). No total, sete torcedores foram autuados e detidos temporariamente, mas soltos após pagarem R$ 200 cada em multa. O jogo, realizdo nesta terça-feira (21/11), terminou com vitória por 1 a 0 dos hermanos.
Um outro torcedor que havia sido conduzido à delegacia da Polícia Civil no estádio, conseguiu comprovar que não fazia parte da briga. Ele acabou liberado. Segundo informação do site “Trivela”, a ação da Polícia Militar será investigada pelo excesso de força contra os argentinos.
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Caso de racismo
Foi registrado na polícia um caso de racismo, que será investigado. Uma torcedora argentina foi acusada de injúria racial durante a confusão. A vítima é uma funcionária do Maracanã. Um torcedor prestou depoimento como testemunha e a prisão foi feita em flagrante. A investigação do caso fiará a cargo da 18ª delegacia de Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Jogo de alto risco
A PM do Rio de Janeiro havia alertado na última quinta-feira (16/11) que o jogo era de alto risco de segurança. Caso o pedido fosse acatado, a partida não teria setor misto. Porém, não foi atendido e teve a confusão. A CBF, responsável pelo jogo, alegou que “terceirizou” o serviço ao Consórcio Maracanã.
A Polícia Militar não participou da venda de ingressos sem distinção de torcidas, sendo assim teria ficado impossibilitada de setorizar o estádio para receber visitantes. Isto é feito pelos organizadores do jogo, neste caso, a CBF, como em qualquer partida de Eliminatórias da Fifa.
A CBF se manifestou por meio de nota sobre a confusão. Confira abaixo:
“A Confederação Brasileira de Futebol vem prestar os seguintes esclarecimentos sobre os incidentes ocorridos no jogo Brasil x Argentina, realizado nesta terça-feira 21/11/2023, no Maracanã, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA 2023.
É importante esclarecer que a organização e planejamento da partida foi realizada de forma cuidadosa e estratégica pela CBF, em conjunto e em constante diálogo com todos os órgãos públicos competentes, especialmente a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Todo o planejamento do jogo, em especial o plano de ação e o de segurança, foram sim debatidos com as autoridades públicas do Rio de Janeiro em reuniões realizadas entre as partes.
Os planos de ação e segurança foram aprovados sem qualquer ressalva ou recomendação pelas autoridades de segurança pública presentes (Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, CET-RIO, Subprefeitura, Concessionária Maracanã, SEOP, etc.), dentre as quais a Polícia Militar do RJ, na primeira reunião realizada na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), no dia 16 de novembro de 2023, às 11:00h. Além dos planos de ação e segurança, os participantes da reunião trataram também de toda a montagem da operação da partida, contando com a participação de todas as partes diretamente envolvidas e responsáveis pela organização da partida e autoridades públicas.
Na segunda (20), o plano operacional para o jogo foi igualmente aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação na reunião realizada no Estádio Maracanã, com a presença da CBF, representantes da CONMEBOL, da Polícia Militar RJ, das empresas responsáveis pela operação do Maracanã, e que operam mais de 70 jogos no estádio por ano, e outras autoridades públicas”.
*com informações do Terra