A guerra entre as duas maiores facções criminosas do país, a paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e a carioca Comando Vermelho (CV), ganhou novos capítulos, de acordo com reportagem do site Metrópoles. Segundo a matéria, o PCC está aumentando suas estratégias para identificar e aniquilar rivais no Distrito Federal e nos pavilhões de presídios que integram o Complexo Penitenciário da Papuda.
O PCC estaria promovendo uma onda de batismos para angariar novos seguidores, tanto intramuros quanto em regiões administrativas. De acordo com o termo usado pela organização chefiada por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, o objetivo dessa ação seria “matar os lixos”, referindo-se aos integrantes do CV.
Essa estratégia foi comprovada por meio de informações captadas pelas autoridades em conversas entre presos faccionados — nos bate-bolas — e nos manuscritos encontrados nas celas da Papuda.
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Após os batismos, esses novos membros do PCC teriam como objetivo identificar os rivais. Depois dessa identificação, é a cúpula da facção paulista que decide se os membros do CV são ou não executados, segundo fontes policiais ouvidas pelo Metrópoles.
Em janeiro do ano passado, foram recolhidos manuscritos entre a massa carcerária no sistema penitenciário do DF contendo códigos de conduta, cujos ditames devem ser rigorosamente seguidos por seus filiados. Os manuscritos foram nominados de “Estatuto 1533”, o que faz alusão ao PCC – o “p” é a décima-quinta letra do alfabeto, e o “c”, a terceira. Graças a esses manuscritos, as autoridades passaram a ter acesso ao estratégias e ao funcionamento interno da facção criminosa.
*Com informações de Metrópoles.