De acordo com a avaliação da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia), com a nova onda calor, a conta de luz de novembro já tem impacto de pelo menos 5% a mais em relação ao valor pago no mesmo período do ano passado.
A estimativa foi feita com base no recorde de consumo de energia registrado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) nos últimos dois dias.
Na segunda-feira (13/11) e terça-feira (14/11), a carga de energia elétrica atingiu recorde, devido as altas temperaturas em todo o país, que aumentam o uso de equipamentos de refrigeração.
A demanda instantânea de carga do SIN (Sistema Interligado Nacional) ultrapassou 100.000 MW megawatts) pela primeira vez na história, na segunda-feira, com 100.955 MW. No dia seguinte, atingiu, às 14h20, o patamar de 101.475 MW. Já nesta quarta-feira (15), feriado da Proclamação da República, o consumo de energia ficou mais baixo. Às 14h24, era de 86.671 MW.
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Para o diretor-financeiro da Abesco, Alexandre Moana, isso mostra que a potência, que é tudo o que está ligado ao mesmo tempo, tem tido um salto enorme “Como isso desencadeia por unidade de tempo, imagina que tenho um secador de cabelo ligado em 80% do máximo, só que agora chegou a 100%. Isso que está acontecendo. Se ficou um tempo na potência alta, tenho o consumo alto”.
Em meio ao calor intenso, que deve se estender até sexta-feira (17/11), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), com temperaturas acima de 40°C em algumas partes do país, o ONS passou a esperar crescimento de até 15,6% para a carga de energia em novembro.