A Justiça concedeu nesta quarta-feira (15/11) liberdade provisória a auxiliar Luciana Coelho Gratf e ao motorista de van escolar Flávio Robson Benes. Eles foram presos devido ao caso onde um menino de dois anos foi esquecido e encontrado morto dentro da van na terça-feira (14/11). Eles haviam sido presos por homicídio.
Os dois passaram por audiência de custódia hoje e foram liberados, mas terão de cumprir medidas cautelares como:
- comparecimento obrigatório a todos os atos processuais para os quais forem intimados;
- comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades, bem como eventual atualização de endereço;
- obrigação de manter o endereço atualizado junto à Vara competente (informando imediatamente eventual alteração);
- proibição de ausentar-se da Comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao Juízo;
- recolhimento domiciliar no período noturno (das 22 horas às 6 horas) e nos dias de folga;
- proibição de manter contato, por qualquer meio, inclusive virtual, com as testemunhas do processos e com familiares da vítima;
- suspensão do exercício da atividade profissional de transporte escolar de crianças e adolescentes suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor, devendo os indiciados entregarem a Carteira Nacional de Habilitação no prazo de 24 horas, tudo sob pena de revogação do benefício e imediato recolhimento à prisão.
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Entenda o caso
O pequeno Apollo Gabriel Rodrigues foi colocado na van escolar às 7h de ontem (14/11), para ser levado a uma creche em Villa Maria, em São Paulo. Flávio e Luciana são contratados pela Prefeitura para trabalhar no TEG (Transporte Escolar Gratuito). A auxiliar pega as crianças nas casas e as posiciona nos bancos da van.
Porém, Apollo não foi deixado na unidade educacional. O casal só percebeu ter esquecido o garoto depois do almoço, quando usaram o veículo de novo para buscar as crianças na creche. A criança ficou ao menos oito horas dentro da van. O menino foi encontrado desacordado no veículo e levado ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo, por volta das 16h20. Apollo chegou já sem vida.
A suspeita da polícia é a de que o menino morreu por conta do calor. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros registraram 37,7°C nesta terça. Mas as investigações vão elaborar um laudo para elucidar a causa da morte.
Em seu depoimento, a auxiliar disse à polícia que costuma conferir o embarque e o desembarque das crianças, mas que nesta terça não passou bem e estava com enxaqueca, o que pode ter prejudicado a sua atenção no trabalho.
O caso foi registrado como homicídio contra menor de 14 anos. As investigações continuam.