Uma jovem foi assassinada por volta das 21h de segunda-feira (13), após sair de um velório. Em mais um capítulo da recorrente violência urbana empreendida pelos confrontos entre facções criminosas, Flávia Santos Cruz, 19, foi alvejada com cinco tiros na rua Cesário Câmpelo, no bairro Espírito Santo, em Coari (a 363 quilômetros de Manaus).
Segundo relatos de testemunhas, um homem desconhecido, trajando moletom preto, aproximou-se da vítima e efetuou os disparos à queima-roupa. Flávia foi atingida com três tiros no tórax, um no rosto e outro no braço esquerdo. O autor deixou a cena do crime a pé tomando rumo ignorado.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionada para socorro médico, mas a jovem não resistiu aos ferimentos no local. O corpo foi encaminhado para o necrotério do Hospital Regional de Coari.
Equipes do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) fizeram diligências em busca do pistoleiro, mas sem sucesso.
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Informações preliminares são de que Flávia participava da cerimônia fúnebre de Rayne Rodrigues do Nascimento, 33. Ele foi vítima de vários golpes de faca no pescoço, e seu corpo foi encontrado por volta de 1h20 de segunda-feira (13), na Ponte do bairro Duque de Caxias. Rayne residia na rua Cesário Campelo, no bairro Espírito Santo.
À Rede Onda Digital, o delegado José Barradas Júnior, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, explicou que foi instaurado inquérito policial, mas que os procedimentos sobre autoria seguem em sigilo e que é cedo afirmar se as mortes de Rayne e Flávia possuem ligação.
“Flávia estava no velório, mas não podemos afirmar se está relacionado a vingança. Estamos investigando para ter a certeza da real motivação. Coari está em guerra entre facções criminosas e as execuções são decorrentes de amizades e rivalidades. A morte da jovem pode ter ligação com facções, mas pode ser passional”, explicou o delegado José Barradas Júnior.
Guerra entre facções criminosas
O município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus) vive uma onda de violência motivado por disputas entre as facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC).