Mais de 3 mil moradores de Grindavik, cidade localizada no sudoeste da Islândia, foram retirados do local por autoridades do país após uma possível erupção vulcânica. A Islândia já vinha apresentando uma série de terremotos e evidências de magma se espalhando no subsolo.
Com o aumento da frequência e intensidade dos terremotos, autoridades ordenaram a evacuação imediata. Aos poucos, o governo está liberando moradores para voltarem às suas residências e recolherem seus objetos. Ainda assim, as estradas estão bloqueadas, liberadas apenas para emergências.
Conforme o Escritório Meteorológico Islandês (IMO), há um risco considerável de erupção de um vulcão do sistema Fagradalsfjall, na Islândia. Ele fica a cerca de 3 km da cidade de Grindavík, que está a 40 km da capital Reykjavik. A suspeita se deu após uma série de terremotos que atingiu a região.
O vulcão tem cerca de 6 km de largura e 19 km de comprimento. Nas últimas três semanas, quando a atividade sísmica começou, pesquisadores registraram cerca de 30 mil tremores. Apenas na última semana, foram mais de 1400.
O vulcanólogo francês Jacques-Marie Bardint Zeff, da Universidade Paris-Saclay, explicou à RFI que a situação na Islândia vem em escala de piora há alguns anos:
“A península de Reykjanes, ao sudoeste de Reykjavik, estava inativa há 800 anos e desde 2021 voltou a ficar ativa. Em três anos, teve três erupções que duraram algumas semanas em uma região inabitada. A erupção atual é diferente, mais complexa, o magma se alastra mais e em profundidade”.
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Moradores da região também compartilharam imagens dos tremores nas redes sociais. Além dos terremotos, especialistas passaram a acompanhar o nível de magma que se acumulou sob a superfície da Terra. O governo declarou estado de emergência no país.
O início dos tremores levantou o receio de que a cidade da Islândia pudesse ficar sem energia elétrica e sem água. Por isso, o governo orientou que moradores recolhessem seus pertences e deixassem suas casas.
Veja o vídeo:
*Com informações do Metrópoles