O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi aconselhado a indicar os nomes às vagas do Superior Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR) e Defensoria Pública da União (DPU), simultaneamente, a fim de diminuir as pressões de grupos políticos e dividir a atenção da imprensa. A expectativa é que os nomes dos indicados sejam revelados após o feriado de 15 de novembro.
O chefe do Executivo se reuniu nos últimos dias, pessoalmente, com cinco candidatos à Procuradoria-Geral da República (PGR). São eles os sub-procuradores Antonio Carlos Bigonha, Paulo Gonet, Aurelio Rios, Luiz Augusto Santos Lima e Augusto Aras. Todos os encontros foram acompanhados pelo ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias.
Bigonha e Rios têm o apoio do PT, enquanto Gonet é o preferido dos ministros do Supremo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. O nome de Lima chegou ao presidente Lula por indicação do ex-presidente José Sarney.
O nome de Aras tem sido defendido por políticos, apesar de ele ter sido procurador-geral no governo Bolsonaro e bastante criticado por sua inação na pandemia e por sua ligação com o ex-presidente.
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A definição do PGR é muito aguardada, inclusive pelo ministro Alexandre de Moraes, porque vai definir, por exemplo, as denúncias envolvendo a delação de Mauro Cid.
Próximas indicações
Segundo o jornalista Ricardo Noblat, aliados próximos ao presidente Lula (PT) sugerem que ele faça as indicações do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), do novo procurador-geral da República e do novo defensor público da União ao mesmo tempo, sob a estratégia de diminuir as pressões de grupos políticos e dividir a atenção da imprensa entre os três nomes escolhidos. Os anúncios seriam feitos ao longo de três dias consecutivos e ocorreriam ainda neste mês.
Os favoritos para ocupar a cadeira vazia do STF são: o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; o Advogado-Geral da União, Jorge Messias; e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.
Em relação à Defensoria Pública da União, após o Senado rejeitar o nome de Igor Roque, o presidente Lula ainda não se reuniu com possíveis candidatos à vaga.