Mesmo com os tempos difíceis de guerra, a Ucrânia foi aprovada, nesta quarta-feira (8), pela comissão da União Europeia (UE) para adesão ao grupo, assim que Kiev ajustar as condições remanescentes relativas ao aumento do combate à corrupção e à adoção de uma lei sobre lobby em conformidade com as normas do bloco econômico.
Na mesma decisão, o Executivo Europeu deu ainda avaliação para o início deste mesmo processo com a Moldávia, vizinha da Ucrânia, e Bósnia-Herzegovina, além de sugerir a concessão do estatuto de país candidato à Geórgia.
“Hoje é um dia histórico porque hoje a Comissão recomenda que o Conselho inicie negociações de adesão com a Ucrânia e a Moldávia”, anunciou a presidente do Executivo Europeu, Ursula von der Leyen, em Bruxelas.
A Ucrânia, segundo o site DW, é uma aposta geopolítica do bloco devido à guerra que se arrastou no país após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, e é um marco para Kiev, para a integração ocidental.
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Na rede social X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensk, escreveu estar satisfeito com a recomendação da Comissão europeia à integração na UE.
“Este é um passo forte e histórico que abre caminho para uma UE mais forte, tendo a Ucrânia como membro”, declarou o presidente.
Os líderes do bloco devem decidir se aceitaram ou não a proposta durante uma cúpula prevista para dezembro.
“Completar a União é o chamado da história (…). Completar a União tem também um forte impacto económico e na lógica geopolítica. Adesões passadas revelaram os enormes benefícios tanto para os países em vias de adesão quanto para a UE. Todos nós temos a ganhar”, destacou der Leyen.
Histórico
Os Estados-membros da UE, em meados de 2022, adotaram uma decisão histórica ao conceder o status de candidatos à Ucrânia e à Moldávia, que se juntaram a um grupo de países que desejam fazer parte do bloco, como Turquia, Albânia e Sérvia. Algumas dessas nações aguardam na ‘fila de esperança’ há anos.
Para fazerem parte da UE, os países precisam preencher vários requisitos políticos e econômicos. Qualquer Estado europeu que respeite os valores democráticos comunitários e esteja empenhado em promovê-los pode se candidatar à adesão, mas deve para isso passar por um processo de negociações formais, que precisa do aval de todos os países membros do bloco, seguido de reformas judiciais, administrativos e econômicas.
*com informações Deustshe Welle