O primeiro-ministro português, Antônio Costa, apresentou a renúncia do cargo, nesta terça-feira (7), depois da polícia ter realizado uma operação de busca e apreensão em sua residência oficial, o Palácio São Bento, em Lisboa, por conta da acusação de corrupção.
O premier será investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça por conta das acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) acerca de sua possível participação na exploração de lítio no município de Montalegre, e de hidrogênio verde, em Sines, Portugal.
“Surgiu o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido”, diz o comunicado da PGR de Portugal.
Além disso, cinco pessoas foram detidas e o ministro de Infraestrutura de Portugal, João Galamba, será investigado no caso. Costa ofereceu sua renúncia ao presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa. Ele também se pronunciou publicamente. Confirmou a entrega do cargo e negou as acusações.
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Em um discurso na TV, o ministro disse, após duas reuniões em Belém nesta terça-feira (6) com o presidente português, comunicou que renunciava seu cargo.
“Apresentei minha demissão ao presidente. Encerro esta etapa com consciência tranquila”, declarou.
“Estava totalmente disposto a me dedicar com toda a energia a cumprir o mandato até ao fim desta legislatura”, continuou.
A situação do Congresso português
Inês de Sousa Real, porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), afirmou que Costa “há muito tempo não reúne condições para se manter nas funções”.
O congresso português foi convocado, pelo líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, para uma reunião para analisar a gravidade da situação que envolve o governo.
Além do ministro, o chefe de gabinete, Vítor Escária e o amigo pessoal dele, o empresário Diogo Lacerda Machado foram detidos. Outros envolvidos foram na operação o socialista Nuno Mascarenhas; o CEO da empresa Start Campus, Afonso Salema, e o diretor Jurídico e de Sustentabilidade, Rui Oliveira Neves.
*com informações Metrópoles